A companhia aérea Gol (GOLL4) apresentou resultados positivos no segundo trimestre, superando, inclusive, as estimativas de analistas do mercado. A empresa registrou um lucro líquido de R$ 556,3 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 2,8 bilhões sofrido no mesmo período do ano anterior. Esse desempenho positivo foi impulsionado pelo aumento das receitas e ganhos cambiais.

Os analistas esperavam, em média, que a empresa tivesse um prejuízo líquido de R$ 152,5 milhões no segundo trimestre, de acordo com dados da Refinitiv. No entanto, a Gol superou essas expectativas.

As ações da empresa tiveram uma alta significativa após a divulgação do balanço, chegando a subir 3,01% e sendo negociadas a R$ 10,60 às 10h40, com uma cotação máxima do dia de R$ 10,87 até o momento.

A receita operacional líquida atingiu um recorde de R$ 4,14 bilhões no período, o que representa um aumento de 27,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Esse resultado foi impulsionado pelos avanços significativos nas unidades de negócios Smiles e Gollog. A expectativa dos analistas era de um faturamento de R$ 4,08 bilhões, segundo a Refinitiv.

O Ebitda foi de R$ 947,3 milhões, com margem de 22,8%. O prejuízo líquido foi de R$ 415,7 milhões, excluindo a receita de variação cambial de R$ 0,9 bilhão. No que diz respeito ao transporte de passageiros, a Gol apresentou um aumento de 13,4% no número de Passageiro-Quilômetro Transportado Pago (RPK) e um crescimento de 14,0% no total de Assento-Quilômetro Ofertado (ASK) em comparação com o mesmo período de 2022.

A taxa de ocupação média se manteve estável em 76,9%, sendo a taxa de ocupação doméstica de 77,3% (aumento de 0,7 ponto percentual) e a taxa de ocupação internacional de 73,1%. Além disso, a companhia transportou um total de 7 milhões de passageiros, o que representa um aumento de 19,9%.

A Gol também revisou algumas de suas projeções para o ano, reduzindo a expectativa de crescimento da oferta de 15%-20% para uma expansão de 10%-15%.

Redução da previsão de crescimento de oferta Gol

A Gol, empresa aérea, ajustou suas projeções de crescimento de oferta de voos para o ano atual após divulgar os resultados do primeiro semestre. Anteriormente, esperava-se uma expansão de 15% a 20%, porém, agora, a estimativa é de um aumento de 10% a 15% na oferta de voos.

Essa alteração parece ter sido resultado de uma redução no número de decolagens, que inicialmente estava previsto para crescer de 20% a 25% em 2023, mas foi ajustado para uma faixa de 15% a 20%, de acordo com informações fornecidas pela própria companhia.

A frota operacional da empresa permanece planejada para se situar entre 114 e 118 aeronaves durante o ano, e a taxa média de ocupação dos aviões deve permanecer em torno de 81%.

Outra mudança feita pela Gol foi a revisão da previsão de receita líquida para o ano, que passou de 19,5 bilhões para 19,3 bilhões de reais. Além disso, a expectativa de margem Ebitda foi elevada de 24% para 25%, em comparação com a previsão anterior.

A empresa ainda manteve sua expectativa de alavancagem, que é medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda, em cerca de seis vezes.

Com informações da Reuters.

Veja também:
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende ajustes na reforma tributária para o Senado

Equipe MI

Equipe de redatores do portal Melhor Investimento.