De acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira (17) pela Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de São Paulo, advogados e bancos estão trabalhando em negociações para dar um fim ao cenário de crise na Americanas (AMER3).

Segundo a coluna, as gestoras Lumina, Jive, Strata Capital, Prisma e BBM Bocom elaboraram um projeto para criar um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), que utilizaria as vendas realizadas com cartões de crédito da varejista como garantia, apresentando um baixo risco. Desse modo, a operação estaria fora do âmbito do processo de recuperação judicial da Americanas, já que se trata de um novo crédito.

No entanto, o projeto ainda não foi implementado devido às possíveis tensões que poderiam surgir durante a disputa entre os bancos credores e os acionistas de referência da Americanas, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.

Antes disso, outras gestoras também se uniram na tentativa de criar um fundo no valor de R$ 2,5 bilhões a fim de auxiliar a varejista.

Fontes ligadas à coluna detalharam que havia a possibilidade de o trio participar do fundo, o que aumentaria o risco de confronto com os bancos. Já outra fonte mencionou a existência de um forte interesse por parte de investidores estrangeiros nesse fundo, o que gerou suspeitas de uma possível participação disfarçada de Lemann, Telles e Sicupira na operação.

Em resposta à Coluna do Broadcast, a Americanas informou que continua negociando com os credores e que avaliou várias opções para garantir a liquidez de curto prazo para o negócio.

“A modalidade de financiamento DIP, oferecida pelos acionistas de referência e confirmada em comunicado relevante em 9 de fevereiro de 2023, foi considerada a melhor alternativa, pois, além de não exigir qualquer tipo de garantia, oferecia o menor custo para a Americanas”, disse a empresa em nota.

Equipe MI

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