Fundo de investimento eleva participação acionária na CVC (CVCB3)
A GJP Fundo de Investimento, por meio da gestora Mar Capital, agora detém 16,32% do capital social da CVC.

A GJP Fundo de Investimento, através de sua gestora Mar Capital, adquiriu na última sexta-feira (13) ações da CVC (CVCB3). Agora, o fundo detém 85.793.045 papéis da companhia, equivalentes a 16,32% do capital social total.
Vale destacar que a compra ocorreu em um dia de forte valorização das ações da CVC, que figurou entre as maiores altas do Ibovespa, encerrando o pregão com ganho de 14,29%, a R$ 2,08.
De acordo com o comunicado enviado ao mercado, a GJP não possui outros valores mobiliários ou derivativos relacionados à CVC.
CVC fecha acordo para alongar dívidas
Na última quarta-feira (11), a CVC fechou um acordo com boa parte dos debenturistas para realizar o perfilamento de suas dívidas, através da reestruturação de suas quarta e quinta emissões de debêntures.
Vale destacar que a operação prevê uma amortização extraordinária de aproximadamente R$ 160 milhões, o que reduzirá o valor principal da dívida de R$ 705 milhões para R$ 545 milhões. Esse montante será parcialmente quitado com recursos próprios e parte por meio da antecipação de recebíveis, que eram garantias da dívida.
Além disso, a empresa conseguiu estender o prazo de vencimento das debêntures em quatro anos, com o novo vencimento previsto para outubro de 2028 e pagamento em cinco parcelas semestrais.
Dessa maneira, o custo da dívida foi reduzido de CDI + 5,50% para CDI + 4,85%, com a possibilidade de cair para CDI + 4,50%, caso a empresa alcance um rating de crédito mínimo de BBB-. Segundo a CVC, isso possibilitará uma redução de 100 pontos-base no custo anual de juros, com pagamentos semestrais a partir de abril de 2025.
Já a garantia de recebíveis de cartões de crédito de R$ 93,3 milhões será substituída por boletos da mesa de crédito CVC, com um valor correspondente ao menor entre 18,2% do saldo das debêntures da 4ª e 5ª emissões ou R$ 100 milhões.
Além disso, a empresa destacou que essa renegociação representa um avanço estratégico para fortalecer suas operações e finanças, ampliando a capacidade de crescimento sustentável e de investimento.
No entanto, a implementação do reperfilamento ainda depende da aprovação dos debenturistas nas assembleias (AGD) e das aprovações societárias necessárias.
É importante lembrar que a nova gestão assumiu no segundo semestre de 2023, alguns compromissos foram feitos, como melhorar a governança, abrir novas lojas, retomar produtos exclusivos, oferecer opções de financiamento alternativo e melhorar a estrutura de capital, além de reduzir os custos da dívida.