A Vulcabras (VULC3) registrou um lucro recorrente de R$ 163 milhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 11,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme relatório de resultados divulgado nesta quinta-feira (30). O avanço reforça a sequência positiva da companhia, que acumula 21 trimestres consecutivos de crescimento nas vendas.

Sem ajustes, o lucro líquido total da fabricante de calçados disparou quase três vezes na comparação anual, impulsionado pelo reconhecimento de R$ 366 milhões em impostos diferidos, segundo informou a companhia.

O Ebitda recorrente (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 211 milhões, avanço de 13,8% sobre o terceiro trimestre de 2024. Apesar do crescimento, a margem Ebitda recuou de 23,6% para 22,1% no período, refletindo custos mais elevados. O custo dos produtos vendidos (CPV) representou 58,6% da receita líquida, frente a 56,9% um ano antes.

A receita líquida atingiu R$ 955,7 milhões, um aumento de 21,8% na base anual. O resultado foi sustentado, principalmente, pelo bom desempenho da divisão de calçados esportivos, que avançou 22,9%, apoiada pelo aumento da capacidade produtiva e pela expansão da rede de distribuição. A empresa destacou que “as recentes ampliações nas unidades fabris contribuíram para maior capilaridade e agilidade no abastecimento do varejo”.

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O comércio eletrônico também manteve ritmo forte de crescimento, com alta de 25,4% e faturamento de R$ 144,8 milhões no trimestre.

Controladora das marcas Olympikus, Mizuno e Under Armour no Brasil, a Vulcabras segue consolidando sua posição no mercado esportivo nacional, beneficiada pela diversificação de portfólio e investimentos em eficiência industrial.

Vulcabras (VULC3): ainda vale investir após lucro forte no 3T25?

Apesar do crescimento consistente e do desempenho sólido nas receitas, o momento para investir em Vulcabras (VULC3) exige cautela. A companhia mostra fundamentos robustos (expansão contínua das vendas, marcas fortes como Olympikus e Mizuno e boa geração de caixa), mas a queda na margem Ebitda e o aumento do custo dos produtos vendidos indicam pressão nos resultados operacionais.

Para investidores de longo prazo, o papel pode continuar atrativo, sustentado pela liderança no mercado esportivo e pelo avanço do e-commerce. Já para quem busca ganhos rápidos, é importante monitorar a reação do mercado aos resultados e o comportamento das margens nos próximos trimestres.

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Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.