O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Diogo Guillen, defendeu vigorosamente a flexibilidade na condução da política monetária em uma recente apresentação e destacou a importância da cautela e do compromisso com a meta de inflação, afirmando que os membros do Copom compartilham a visão de agir com prudência, sem antecipar os próximos passos.

Comprometimento com a meta de inflação

Em sua exposição, Guillen enfatizou o comprometimento inabalável com a meta de inflação, essencial para ancorar as expectativas do mercado. Ressaltou que a ancoragem dessas expectativas é importante para conduzir os preços de volta à meta, ao mesmo tempo em que fornece credibilidade às autoridades monetárias.

Ao fazer uma análise da situação econômica atual, o diretor reconheceu os avanços na redução da inflação, porém, alertou para os desafios remanescentes. Além disso, destacou a necessidade premente de todas as economias emergentes adotarem uma abordagem mais cautelosa na condução da política monetária.

Revisão da taxa de juros neutra

Guillen revelou que o Banco Central está em processo de revisão de sua estimativa atual da taxa de juro neutra, atualmente fixada em 4,5%. No entanto, salientou a intenção de evitar incorporar mudanças de alta frequência que possam gerar ruído neste processo de ajustamento.

Após uma série de sete cortes consecutivos na taxa Selic, o Banco Central, em sua última reunião, absteve-se de indicar os próximos passos. Com a taxa atualmente estacionada em 10,5% ao ano, permanece uma incógnita quanto aos movimentos futuros da política monetária brasileira.