Número baixo de alocação em ações: Em um agosto marcado por turbulências e incertezas nos mercados globais, a ausência de um pregão positivo do Ibovespa tem chamado a atenção de analistas e investidores. O índice Ibovespa, que conseguiu atingir as máximas do ano ao ultrapassar a marca dos 122 mil pontos, enfrentou uma sequência de quedas sem precedentes em sua história, sendo fortemente afetado pelo cenário externo.

No fechamento da última quinta-feira (17), o Ibovespa registrou uma queda de 0,53%, encerrando o dia aos 114.982,30 pontos. Com isso, o índice de referência da Bolsa brasileira acumula uma desvalorização de 5,70% somente neste mês.

A pesquisa mensal mais recente conduzida pela XP Investimentos com 162 assessores revelou que a alocação em ações permanece em patamares baixos, apesar das perspectivas de aumento nos investimentos nesse setor. De acordo com os dados coletados, cerca de 75% dos clientes possuem atualmente menos de um quarto de suas carteiras alocadas em renda variável.

Entretanto, o estudo também indicou que a intenção de ampliar os investimentos em ações permanece próxima de sua máxima histórica. Segundo a XP, 64% dos assessores consultados afirmaram que seus clientes planejam aumentar suas exposições a ações, mantendo-se em linha com o mês anterior e reforçando a tendência observada desde o início da pesquisa em 2020.

A confiança na Bolsa brasileira também se mantém robusta entre os investidores e assessores. Em uma escala de 0 a 10, notáveis 85% dos assessores atribuíram uma nota igual ou superior a 7 para o mercado acionário nacional.

Quanto às expectativas para o restante do ano, a maioria dos entrevistados (56%) acredita que o Ibovespa encerrará o período entre 120 mil e 130 mil pontos.

Apesar das preocupações quanto aos riscos fiscais domésticos e a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos, a XP Investimentos reiterou sua visão positiva para a Bolsa brasileira. A corretora ressaltou que, apesar da performance negativa de curtíssimo prazo, mantém sua perspectiva otimista em relação ao mercado acionário do país.

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