Eleições em São Paulo: Ricardo Nunes e Guilherme Boulos rumo ao segundo turno
Na recente eleição para a prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) garantiram suas vagas para o segundo turno, com uma disputa acirrada.

Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito e candidato à reeleição, e Guilherme Boulos (PSOL), deputado federal, vão se enfrentar no segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo. Com quase todas as urnas apuradas, a disputa entre ambos se mostrou acirrada, com uma pequena diferença de votos, o que reflete a polarização entre suas propostas.
Em terceiro lugar, ficou o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), que surpreendeu ao avançar consideravelmente nas pesquisas, mas não o suficiente para se manter na disputa. Ele se consolidou como uma das maiores surpresas desta eleição, superando candidatos como Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB).
Boulos, apoiado pelo presidente Lula, já havia mostrado sua força eleitoral nas eleições municipais de 2020, quando foi ao segundo turno contra Bruno Covas (PSDB). Desde então, ele vem consolidando sua base na esquerda paulistana, abdicando de disputar o governo estadual em 2022 para apoiar Fernando Haddad (PT), o que o ajudou a se eleger deputado federal com uma votação expressiva.
Durante a campanha, Boulos enfrentou alguns desafios, como a limitada participação de Lula em seus atos eleitorais, o que o obrigou a buscar uma conexão ainda mais forte com o eleitorado petista. Ele se destacou ao atacar Nunes e Marçal, levantando questões sobre escândalos e polêmicas envolvendo os adversários.
Ricardo Nunes, por sua vez, teve o apoio direto do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e conseguiu articular uma base sólida. Herdeiro político de Bruno Covas, ele usou sua campanha para mostrar as conquistas de sua gestão e minimizar acusações que surgiram durante seu mandato. O emedebista precisou desviar de polêmicas envolvendo denúncias de desvios de verbas públicas e acusações de violência doméstica.
Assim como Boulos, Nunes também precisou equilibrar seu relacionamento com lideranças nacionais. Embora tenha recebido o apoio de Jair Bolsonaro, sua campanha optou por manter o ex-presidente em segundo plano em diversos momentos.
Com o segundo turno à vista, a expectativa é de uma disputa ainda mais acirrada entre Nunes e Boulos. As campanhas de ambos esperam que Lula e Bolsonaro tenham uma participação mais ativa nessa fase final, replicando a polarização que marcou a última eleição presidencial no país.
A partir de agora, os dois candidatos se preparam para retomar suas campanhas com força total, com as propagandas eleitorais voltando ao ar ainda nesta semana, e o embate político se intensificando até a decisão final nas urnas.