O mercado de câmbio desta segunda-feira (12) começou com o dólar comercial apresentando pouca volatilidade, próximo à estabilidade, e sem uma clara tendência de valorização ou desvalorização. Às 9h55, o dólar comercial estava sendo negociado a R$ 4,8802, com um aumento de 0,08%, enquanto o contrato futuro da moeda americana para julho registrava uma queda de 0,10%, chegando a R$ 4,8995. 

Entre as 33 moedas mais líquidas, cerca de 14 estavam se desvalorizando em relação ao dólar, 13 estavam se valorizando e as demais se mantinham estáveis.

Inflação mais baixa

Os indicadores recentes de inflação no Brasil têm sido mais fracos, e o relatório Focus divulgado hoje aponta uma redução nas estimativas do IPCA para este ano e para os próximos. Segundo o documento do Banco Central, os economistas do mercado projetavam uma inflação de 5,69% para 2023 na semana anterior, mas essa estimativa caiu para 5,42%. 

Para 2024, a projeção caiu de 4,12% para 4,04%, e para 2025 passou de 4% para 3,90%. Quanto a 2026, a previsão foi de 4% para 3,88%.

Uma perspectiva de inflação mais baixa contribui para a indefinição do mercado hoje. Por um lado, a possibilidade de juros mais baixos pode prejudicar o valor da moeda brasileira, mas, por outro lado, uma inflação mais controlada torna o mercado local mais atraente para investidores, o que pode aumentar o fluxo de investimentos em ativos locais.

Na última sessão, de acordo com dados da B3, os investidores estrangeiros reduziram sua posição comprada em dólar em US$ 1,55 bilhão, chegando a US$ 38,9 bilhões, o menor valor desde 15 de junho. Enquanto isso, os investidores locais aumentaram sua posição vendida em dólar em US$ 12 milhões, totalizando US$ 4,69 bilhões.

Cenário externo em evidência

Durante esta semana, os agentes financeiros devem estar mais atentos às decisões externas do que às do mercado interno, uma vez que os índices de inflação dos Estados Unidos, as decisões do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE) serão divulgadas. Por enquanto, os investidores estão precificando uma maior probabilidade de pausa no ciclo de alta dos juros nos EUA. Portanto, caso haja uma surpresa com o aumento das taxas de juros pelo BC americano, o dólar pode se fortalecer em relação às outras moedas.

Equipe MI

Equipe de redatores do portal Melhor Investimento.