Brasil registra alta na dívida externa, que chega a US$ 364,27 bilhões
Em junho de 2025, a dívida externa do Brasil foi estimada em US$ 364,27 bilhões, segundo o Banco Central.

A dívida externa do Brasil chegou a US$ 364,272 bilhões em junho de 2025, conforme dados atualizados do Banco Central (BC) divulgados nesta quinta-feira (25). O número representa um avanço em relação ao mês anterior, reforçando a importância de acompanhar os movimentos do setor externo diante do cenário econômico global e doméstico.
Aumento da dívida externa do Brasil em junho: entenda os números
De acordo com o relatório do balanço de pagamentos, a dívida externa bruta brasileira teve um incremento de aproximadamente US$ 4,7 bilhões entre maio e junho deste ano. Em maio, o estoque era estimado em US$ 359,604 bilhões, demonstrando uma elevação significativa no curto espaço de um mês.
O Banco Central explicou que essa variação reflete tanto as captações do setor público e privado quanto os efeitos de variações cambiais e ajustes de mercado. A dívida é dividida entre dois principais grupos:
- Dívida de longo prazo: totalizou US$ 271,193 bilhões
- Dívida de curto prazo: somou US$ 93,079 bilhões
Com isso, a maior parte da dívida continua concentrada no longo prazo, o que costuma ser visto como um sinal de maior previsibilidade no cumprimento das obrigações externas. Essa composição é importante para entender o grau de vulnerabilidade da economia brasileira frente a oscilações cambiais e choques externos.
O que está por trás do aumento da dívida externa?
A elevação da dívida externa do Brasil pode ser explicada por uma combinação de fatores. Um deles é o maior volume de captações de recursos por empresas e governo no mercado internacional, aproveitando momentos de juros mais baixos em economias desenvolvidas ou buscando financiamento para projetos estratégicos.
Além disso, a variação cambial tem impacto direto sobre o valor da dívida em dólares. Quando o real se desvaloriza frente à moeda norte-americana, parte da dívida, especialmente aquela emitida em moeda estrangeira, automaticamente se eleva em termos nominais.
Também vale considerar que o crescimento da dívida externa pode estar relacionado à necessidade de financiamento do déficit em transações correntes, ou seja, quando o país importa mais do que exporta ou envia mais lucros ao exterior do que recebe.
Qual o impacto da dívida externa sobre a economia?
A dívida externa é um indicador importante para avaliar a sustentabilidade fiscal e cambial de um país. Embora o Brasil possua atualmente um nível de reservas internacionais elevado, em torno de US$ 340 bilhões, que serve como um colchão de segurança, aumentos sucessivos na dívida externa podem gerar preocupações sobre a capacidade futura de pagamento.
Além disso, o custo da dívida externa pode se elevar em um cenário de alta de juros nos Estados Unidos ou de deterioração do ambiente internacional, como tensões geopolíticas ou desaceleração global. Nesses casos, o risco-país tende a subir, o que encarece novas emissões de dívida e reduz a atratividade de investimentos estrangeiros.
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