A CSN (CSNA3) conseguiu reduzir seu prejuízo líquido em 41,7% no segundo trimestre de 2025, atingindo um resultado negativo de R$ 130,4 milhões. O desempenho da empresa surpreendeu positivamente o mercado, já que o prejuízo ficou abaixo da média esperada pelos analistas. A companhia destacou que a melhora veio principalmente da reversão de contingências e das operações de hedge com minério de ferro, fatores que contribuíram para um resultado financeiro mais favorável.

Leia também:

Redução do prejuízo e resultado financeiro da CSN (CSNA3)

No período de abril a junho de 2025, a CSN registrou um prejuízo líquido de R$ 130,4 milhões, uma queda expressiva de quase 42% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Este resultado veio melhor do que as estimativas do mercado, que projetavam um prejuízo médio de R$ 139,3 milhões, segundo dados da LSEG.

A redução do prejuízo ocorreu devido a impactos positivos da reversão de contingências, que ajudaram a diminuir as despesas da companhia, além do resultado favorável das operações de hedge com minério de ferro, importante commodity para a empresa. Esses fatores foram decisivos para a melhora no balanço da empresa, que atua em setores como aço, mineração, cimento, ferrovia, energia e logística.

Desempenho operacional e estabilidade do Ebitda ajustado

Apesar do prejuízo, o desempenho operacional da CSN apresentou sinais de estabilidade. O Ebitda ajustado, que mede a lucratividade antes de juros, impostos, depreciação e amortização, foi praticamente estável, totalizando R$ 2,64 bilhões no segundo trimestre, uma leve queda de 0,1% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado superou a previsão média dos analistas, que estimavam um Ebitda de R$ 2,54 bilhões.

Além disso, a margem Ebitda ajustada da companhia teve leve expansão de 0,3 ponto percentual, chegando a 23,5%, o que indica maior eficiência operacional apesar do cenário desafiador.

Receita líquida e queda nas vendas de aço

No segundo trimestre, a CSN reportou receita líquida de R$ 10,7 bilhões, abaixo da estimativa média do mercado, que apontava para R$ 11,1 bilhões. A retração da receita está associada principalmente à queda nas vendas de aço, que totalizaram 1 milhão de toneladas, uma redução de 9,9% na comparação anual.

Essa diminuição nas vendas ocorreu tanto no mercado externo, com uma queda expressiva de 19,2%, quanto no mercado interno, que registrou retração de 6%. Esses dados refletem o cenário mais desafiador para o setor siderúrgico, com menor demanda global e interna.

Alavancagem financeira da CSN melhora no trimestre

A CSN apresentou melhora em sua alavancagem financeira no segundo trimestre de 2025. A relação dívida líquida sobre Ebitda caiu de 3,36 vezes para 3,24 vezes. Essa redução foi ainda mais expressiva quando se exclui a dívida da subsidiária de energia CEEE-G, por conta de um financiamento estruturado no início do ano, levando a alavancagem ajustada para 3,20 vezes.

Essa evolução mostra um esforço da empresa para melhorar seu perfil financeiro em meio a desafios macroeconômicos, principalmente os altos juros que impactam o custo da dívida.

Fluxo de caixa ajustado negativo devido a investimentos e despesas financeiras

O fluxo de caixa ajustado da CSN no trimestre foi negativo em R$ 1,47 bilhão, resultado que reflete o aumento dos investimentos realizados para acelerar projetos de expansão em suas áreas de atuação. Além disso, as despesas financeiras elevadas, em especial devido ao impacto dos juros altos sobre as dívidas, contribuíram para o fluxo de caixa negativo.

Apesar disso, a empresa reforça que tais investimentos são estratégicos para sustentar o crescimento futuro e a geração de valor para os acionistas.

Achou este conteúdo útil?
Siga o Melhor Investimento nas redes sociais:  Instagram | Facebook | Linkedin