Conflito Israel x Hamas: 3 possíveis efeitos no mercado financeiro
O conflito em curso entre Israel e o grupo Hamas entrou no seu terceiro dia nesta segunda-feira (9). De acordo com os últimos dados das autoridades locais, o número de vítimas já chega a pelo menos 1.120 mortos, sendo 700 em Israel, 413 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia. A escalada de violência […]

O conflito em curso entre Israel e o grupo Hamas entrou no seu terceiro dia nesta segunda-feira (9). De acordo com os últimos dados das autoridades locais, o número de vítimas já chega a pelo menos 1.120 mortos, sendo 700 em Israel, 413 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia.
A escalada de violência teve início quando o Hamas, movimento armado que é uma das principais organizações islâmicas nos territórios palestinos, lançou um ataque-surpresa contra o território israelense no último sábado (6). O grupo, que é considerado extremista por diversas nações, disparou 5 mil foguetes a partir da Faixa de Gaza em direção a Israel.
Além disso, militantes do Hamas também invadiram o território israelense na região sul do país por terra, ar e mar. Relatos de agências internacionais indicam que membros do grupo abriram fogo contra pessoas nas ruas da região e que diversos israelenses, incluindo mulheres e crianças, foram feitos reféns e levados para Gaza.
Embora ainda seja cedo para avaliar a magnitude total do conflito entre Israel e o Hamas, bem como as perdas humanitárias irreparáveis das vítimas deste violento confronto, analistas do mercado financeiro preveem que o embate será duradouro e que deslocará o foco da atenção internacional do cenário ucraniano para o Oriente Médio.
Também é esperado que os Estados Unidos ofereçam apoio a Israel, enquanto o Irã e a Rússia podem ser responsabilizados de alguma forma.
Contudo, os acontecimentos recentes também geram preocupações sobre o impacto do conflito entre Israel e Hamas nos mercados financeiros globais. Então, confira a seguir como o mundo pode reagir aos ocorridos até o momento.
3 possíveis efeitos do conflito entre Israel e Hamas no mercado financeiro
- Petróleo mais caro
O mercado reagiu imediatamente aos conflitos entre israelenses e o Hamas, e uma das primeiras consequências foi a mudança nos preços do petróleo. Isso ocorreu porque o Irã, um dos principais produtores dessa matéria-prima, é um aliado da Palestina. A declaração de ataques foi celebrada no Irã, e o presidente Ebrahim Rais classificou a situação como uma forma de “legítima defesa” por parte dos palestinos. No entanto, nesta segunda-feira, a missão do Irã nas Nações Unidas negou qualquer envolvimento no ataque realizado pelo grupo extremista.
- Pouco impacto no investidor brasileiro
Para o economista André Perfeito, em depoimento cedido ao jornal Valor Econômico, no médio prazo, a situação geopolítica pode não ser necessariamente ruim para o Brasil. “A depender de como o Itamaraty conduzirá a crise internacional, o Brasil pode se manter como um lugar ‘suficientemente distante’ de todo esse ruído”, disse. - Exportações de Israel e acordos geopolíticos
André Meirelles, diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart, em entrevista a Suno, afirmou que: “É importante avaliar se haverá paralisação das atividades produtivas em Israel, dado que o país é exportador de produtos utilizados em fertilizantes. Outro ponto importante são os acordos geopolíticos que podem ser revistos ou cancelados dado a intensidade, continuidade e ampliação do conflito. No primeiro momento é natural a fuga do capital mais especulativo para ativos considerados mais seguros, como ouro, dólar e títulos americanos.”
Bolsas mundiais repercutem o conflito
Na manhã de segunda-feira (9), houve uma queda nos mercados europeus em resposta ao aumento da intensidade do conflito. No mesmo período, nos Estados Unidos, os índices de ações também caíram, devido às notícias que relatavam o agravamento da violência entre Israel e o Hamas.
Ainda não se tem informações sobre por quanto tempo esse conflito vai durar e como ele afetará a economia global de maneira geral. Como resultado, o mercado segue em estado de alerta, acompanhando de perto a repercussão dos eventos geopolíticos. É esperado que nos próximos dias a tensão aumente, o que aumenta também a aversão ao risco em um cenário econômico que pode se fragilizar ainda mais.