De acordo com informações da Guarda Revolucionária do Irã divulgadas na manhã desta quarta-feira (31), o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em Teerã. Em resposta, o Hamas responsabilizou Israel pelo ataque e prometeu uma retaliação.

Considerado uma figura relativamente mais moderada dentro da organização, Haniyeh liderava as negociações de cessar-fogo e representava os esforços diplomáticos regionais do grupo. Ele foi nomeado chefe da ala política do Hamas em 2017 e mudou-se para o exílio no Catar em 2019.

No momento do ataque, o líder do grupo extremista islâmico estava em Teerã para a cerimônia de posse do novo presidente, juntamente com outros membros do Hamas e do Hezbollah. 

Aiatolá Khamenei, líder supremo iraniano, afirmou em comunicado que “o regime sionista criminoso e terrorista preparou o terreno para uma punição severa com esta ação”, em uma ameaça direta a Israel.

O que é o Hamas?

Fundado em 1987 por um dissidente da Irmandade Muçulmana, o Hamas é uma sigla que significa Movimento de Resistência Islâmica. Ele foi criado com três ideias centrais: promover a religião islâmica, praticar caridade (um dos preceitos do Islã) e lutar contra Israel.

O grupo extremista islâmico Hamas opera nos Territórios Palestinos, que incluem duas áreas não contínuas: a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.

No final dos anos 1980, uma parte dos palestinos se rebelou contra o controle militar israelense sobre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. O Hamas possui um braço político e realiza operações militares.

Desde 2007, o grupo controla a Faixa de Gaza, que até então era controlada pelo grupo Fatah. A Cisjordânia, por outro lado, é controlada pela Autoridade Palestina, onde o Hamas tem presença, mas não exerce domínio completo.

Há outros grupos organizados na região. O principal deles é a Jihad Islâmica, que em muitas ocasiões faz alianças com o Hamas.

Vale destacar que até hoje o Hamas não reconhece o direito de Israel existir como uma nação. Baseando-se base em interpretações do Islã, o grupo defende a criação de um Estado Palestino e a saída de judeus da região.