Recentemente, observamos uma tendência no mundo corporativo brasileiro: fundadores retomando o comando de suas empresas. Essa volta ao passado levanta questionamentos sobre se isso representa uma resposta à crise ou uma oportunidade para revitalizar os negócios.

A decisão de trazer de volta os fundadores ao comando das empresas reflete uma busca por resgatar os valores e identidade que moldaram essas organizações desde seu início. No caso da TokStok, por exemplo, Ghislaine Dubrule retomou o posto de CEO motivada pela percepção de que a empresa estava se afastando dos princípios que a tornaram relevante no passado. Esse retorno não apenas reforça o compromisso com a visão original da empresa, mas também traz consigo uma dose de experiência e conhecimento acumulado ao longo dos anos.

Por outro lado, a decisão de Nelson Kaufman de reassumir a Vivara após 13 anos afastado do cargo parece indicar um desejo de acelerar o crescimento da empresa, mesmo diante de resultados satisfatórios. Embora essa movimentação possa gerar incertezas no curto prazo, as empresas podem interpretá-la como uma estratégia para garantir a sustentabilidade e competitividade no longo prazo.

Além disso, a volta dos fundadores ao comando das empresas também levanta questões sobre a sucessão e a preparação de novas lideranças. Enquanto algumas empresas têm processos bem definidos de transição de poder, outras enfrentam desafios para encontrar sucessores à altura. Nesse sentido, o retorno dos fundadores pode ser visto como uma solução temporária até que uma liderança adequada seja identificada e preparada para assumir o comando.