Black Friday 2023: varejo brasileiro antecipa expectativas positivas em meio a movimentações na bolsa
Hoje, sexta-feira, 24 de novembro, é o aguardado dia da Black Friday 2023, considerado um marco para o varejo brasileiro. Além de agitar os consumidores ávidos por descontos, a data também impacta as empresas do setor de consumo listadas na Bolsa de Valores. Para os investidores que acompanham varejistas de capital aberto, como Casas Bahia […]

Hoje, sexta-feira, 24 de novembro, é o aguardado dia da Black Friday 2023, considerado um marco para o varejo brasileiro. Além de agitar os consumidores ávidos por descontos, a data também impacta as empresas do setor de consumo listadas na Bolsa de Valores.
Para os investidores que acompanham varejistas de capital aberto, como Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3), a performance durante a Black Friday pode ser monitorada por meio de comunicados públicos emitidos pelas empresas ao mercado e à imprensa. As expectativas são altas, especialmente para aquelas que enfrentaram desafios ao longo deste ano.
Ontem, as ações do Magazine Luiza registraram um aumento de 4,33%, alcançando R$ 2,17, refletindo a antecipação dos investidores em relação aos resultados da Black Friday. O Ibovespa também apresentou um avanço de 0,43%, atingindo 126.575,75 pontos.
A Magalu, em comunicado divulgado na madrugada de quarta-feira (22), destacou a participação de milhares de clientes em uma promoção realizada pela empresa, envolvendo a busca por cupons no antigo Twitter, agora chamado de X.
Perspectivas positivas para a Black Friday 2023
Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar), em parceria com a FIA Business School e publicado pelo Broadcast (Grupo Estado), estima que as vendas da Black Friday de 2023 superem as do ano anterior. A desaceleração da inflação ao longo de 2023 é apontada como um dos principais impulsionadores desse otimismo.
Uma pesquisa do Datafolha, encomendada pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), prevê um movimento de R$ 15,5 bilhões na Black Friday deste ano. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), espera-se um faturamento recorde de R$ 4,6 bilhões, com um aumento de 4,3% em relação ao ano anterior.
Os investidores estão atentos às empresas que divulgam prévias operacionais de resultados antes dos balanços, fornecendo informações cruciais sobre as vendas durante datas sazonais, como Black Friday e Natal, comparadas ao calendário do ano anterior.
Vale ressaltar que essas duas datas ocorrem no último trimestre do ano e, portanto, seu desempenho será detalhado nos respectivos balanços financeiros.
Setor de varejo em foco durante a Black Friday
O setor de consumo desponta como um dos grandes destaques no Ibovespa. O BB Investimentos categoriza o setor de varejo em quatro grupos principais: saúde e beleza, alimentação domiciliar, vestuário e bens duráveis. Alguns analistas incluem ainda empresas de turismo, transporte e administradoras de shopping centers nesse escopo.
Apesar de ter começado com ênfase em itens tecnológicos e eletrodomésticos, as promoções da Black Friday têm se expandido para outros segmentos nos últimos anos. No ano passado, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), os setores de turismo e transporte (+21,4%), drogarias e farmácias (+19,8%), e cosméticos e higiene pessoal (+17,7%) se destacaram.
Neste ano, é recomendável ficar de olho no Índice de Consumo (ICON) da B3 (B3SA3), que reúne as principais ações de empresas listadas na bolsa relacionadas ao consumo, para acompanhar de perto o desempenho durante a Black Friday.