O Bitcoin (BTC) decolou nesta quinta-feira (9) e atingiu US$ 37.600, por volta das 11h20, preço que não era visto desde maio de 2022, segundo o agregador CoinMarketCap.

A criptomoeda vem valorizando desde esta madrugada, impulsionada por novas expectativas de que a SEC, espécie de Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, possa aprovar um ETF (fundo de índice) à vista da criptomoeda em breve.

James Seyffart e Eric Balchunas, analistas da Bloomberg Intelligence, disseram em nota que uma breve janela de pelo menos oito dias foi aberta para o regulador do mercado de capitais do país emitir teoricamente ordens de aprovação.

“Mesmo que as aprovações não cheguem este mês, ainda acreditamos que há 90% de chance de aprovação até 10 de janeiro”, escreveram os analistas. Atualmente, há mais de 10 solicitações de ETFs sob análise da SEC – entre eles, um da gigante BlackRock e outro da gestora brasileira Hashdex.

“A expectativa do ETF está no topo de uma lista crescente de catalisadores, o que dá mais impulso à atual recuperação”, disse Josh Gilbert, analista de mercado da empresa de negociação e investimento israelense eToro, para a Bloomberg.

Em meio à notícia sobre o fundo de índice, o Bitcoin subiu 6,10% e ultrapassou os US$ 37 mil, preço que não era visto desde maio de 2022, mês do colapso da blockchain Terra, que jogou o mercado cripto em uma crise de confiança.

“Com o Bitcoin sendo negociado acima do nível de quando a stablecoin Terra implodiu, os traders de criptomoedas superaram oficialmente essas cicatrizes psicológicas”, disse Markus Thielen, chefe de pesquisa da Matrixport, para a Bloomberg.

Além do gatilho do ETF, o halving (evento que corta pela metade a emissão de BTC) do próximo ano e as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) acabará com o ciclo do aperto monetário também estão alimentando a recuperação da criptomoeda, que já subiu 100% a neste ano.