O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Biden, anunciou um aumento nas tarifas de importação sobre uma variedade de produtos chineses, como parte de um esforço para proteger os trabalhadores e empresas americanas de práticas comerciais consideradas desleais. Essa medida foi divulgada nesta terça-feira e traz mudanças significativas nas tarifas aplicadas a produtos como veículos elétricos, baterias, semicondutores, painéis solares, aço e alumínio.

Detalhes sobre as novas tarifas elevadas por Biden

A alíquota de importação para veículos elétricos chineses, por exemplo, está programada para quadruplicar, saltando de 25% para 100% até o final de 2024. Além disso, as tarifas sobre baterias de íons de lítio, amplamente utilizadas em veículos elétricos, aumentarão de 7,5% para 25% ainda neste ano. O mesmo se aplica às partes dessas baterias. Para os semicondutores, as tarifas saltarão de 25% para 50% a partir de 2025. Em relação aos painéis solares, o imposto sobre células solares chinesas dobrará, passando de 25% para 50%.

Essa decisão provocou uma resposta firme do Ministério do Comércio da China, que expressou forte insatisfação e prometeu tomar medidas para defender os interesses do país. A Casa Branca, por sua vez, justifica o aumento das tarifas como uma medida complementar aos pacotes de investimento interno aprovados pela administração Biden nos últimos anos. Além disso, visa fortalecer a indústria americana e criar novos empregos.

Essas mudanças terão um impacto significativo em vários setores, não apenas nos veículos elétricos. Os aumentos nas tarifas de importação afetarão baterias, semicondutores, painéis solares e até mesmo equipamentos médicos, como seringas e agulhas. Essa medida reflete a preocupação dos EUA em proteger sua indústria e frear a concorrência chinesa, especialmente em setores estratégicos como tecnologia e energia limpa.

Julia Peres

Redatora do Melhor Investimento.