O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) divulgou neste domingo (19) o Relatório Macroeconômico de 2023 documento que avalia os desafios e oportunidades econômicas da América Latina e Caribe, além de trazer projeções para o ano. 

Através do relatório, o BID estimou um crescimento de 1% em 2023 e 1,9% em 2024. Resultado significativamente abaixo do crescimento de 3,9% em 2022, que foi melhor do que o esperado.

Existe a possibilidade da América Latina registrar crescimento econômico zero neste ano se a crise bancária nos Estados Unidos e na Europa “se espalhar para o mundo inteiro”, destacou o economista-chefe do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Eric Parrado.

Parrado também declarou que as estimativas de crescimento mais baixas se devem em parte à demanda mundial reduzida. Consequência da quebra dos bancos, ocasionando em preços mais altos de matérias-primas e taxas de juros elevadas para conter a inflação. 

Embora a inflação anual média na região tenha começado a diminuir, a taxa atingiu 9,6% em julho de 2022. A maior marca desde a crise financeira global de 2008, segundo o BID.

Enquanto os bancos centrais mundiais continuam a manter ou apertar a política monetária, o BID aconselhou que países priorizem subsídios para os setores mais pobres. A instrução foco é o incentivo ao investimento em infraestrutura e emprego formal, enquanto controlam os índices da dívida pública.

Equipe MI

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