Nesta segunda-feira (7), o Banco Central comunicou oficialmente o lançamento do Drex, a tão aguardada moeda digital do país. O nome Drex é uma abreviação inteligente que combina os termos “real digital”, “eletrônico” e “transação”, sendo representado pelo símbolo X.

O Drex é a versão brasileira do “Central Bank Digital Currency” ou CBDC, uma moeda digital emitida pelo Banco Central que visa promover a digitalização da economia e proporcionar um ambiente seguro e regulado para novos negócios. Essa iniciativa busca democratizar o acesso aos benefícios da tecnologia digital para cidadãos e empreendedores.

De acordo com o comunicado oficial do BC, anteriormente denominada como “Real Digital”, a solução promete impulsionar a geração de oportunidades e oferecer maior inclusão financeira, beneficiando a sociedade como um todo. Com o Drex, espera-se uma transformação significativa nos processos de pagamento e transações financeiras no país, contribuindo para um cenário mais moderno e ágil na economia nacional.

Três categorias de ativos

O Banco Central (BC) está empenhado em desenvolver uma plataforma para operações de Real Digital, utilizando a tecnologia de registros distribuídos, conhecida como DLT, amplamente aplicada no mundo dos criptoativos, sendo a blockchain a sua mais famosa representante.

De acordo com Fabio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central, a primeira diretriz para o desenvolvimento do CBDC nacional é a adoção de uma plataforma de registro distribuído, permitindo o registro de ativos de diversas naturezas, caracterizando um DLT multiativo.

Nesse ambiente digital em desenvolvimento, o BC irá registrar três categorias de ativos distintas:

  • Real Digital, destinado ao mercado atacadista ou interbancário, representando a moeda do Banco Central. Atualmente, suas contrapartes são as reservas bancárias ou as contas de liquidação.
  • Real Tokenizado, voltado para o mercado varejista, consistindo em versões tokenizadas do depósito bancário, ou seja, a representação digital do dinheiro que uma pessoa física possui no banco.
  • Títulos do Tesouro Direto, possibilitando a compra e venda de títulos públicos federais (TPF) tanto no mercado primário quanto no secundário.

Embora o termo “Real Digital” tenha se popularizado como o nome mais conhecido para a versão virtual do dinheiro, o Banco Central optou por utilizar nomenclaturas específicas para cada ativo no ambiente digital em criação, de modo a diferenciar o funcionamento de cada um deles.

Testes com 16 participantes no Drex

O Banco Central  recebeu um total de 36 propostas de interesse para participação no Piloto RD, que incluem candidaturas individuais e consórcios de diversas entidades financeiras, abrangendo mais de 100 instituições de diferentes segmentos do setor financeiro.

Após análise, o Comitê Executivo de Gestão (CEG) selecionou inicialmente 14 empresas e consórcios de acordo com as regras estabelecidas no regulamento do piloto. Posteriormente, foram acrescentadas duas outras participantes, a Caixa e o Mercado Bitcoin. A lista final das instituições participantes é a seguinte:

  • Bradesco, Nuclea e Setl
  • Nubank
  • Banco Inter, Microsoft e 7Comm
  • Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM
  • Itaú Unibanco
  • Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin
  • Caixa, Elo e Microsoft
  • SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred
  • XP, Visa
  • Banco BV
  • Banco BTG
  • Banco ABC, Hamsa, LoopiPay e Microsoft
  • Banco B3, B3 e B3 Digitas
  • Consórcio ABBC: Banco Brasileiro de Crédito, Banco Ribeirão Preto, Banco Original, Banco ABC Brasil, Banco BS2 e Banco Seguro, ABBC, BBChain, Microsoft e BIP
  • MBPay, Cerc, Sinqia, Mastercard e Banco Genial
  • Banco do Brasil

Veja também:
Presidente da CVM anuncia medidas para atrair 10 milhões de pessoas físicas para a bolsa até 2027

Equipe MI

Equipe de redatores do portal Melhor Investimento.