O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (4) que o PIX, o sistema de pagamento instantâneo desenvolvido pela entidade, poderá ser aplicado em novos contextos no decorrer do tempo.

De acordo com o BC, será feita a “implementação de inovações tecnológicas que agilizam ainda mais a experiência de pagamento pode ser particularmente vantajosa em certos cenários específicos, tais como a quitação de tarifas de pedágios em estradas, estacionamentos e serviços de transporte público.”

Essa e outras informações estão presentes no relatório de gestão do PIX, um documento que oferece uma análise dos primeiros anos de operação dessa ferramenta de pagamento, abrangendo o período de 2020 a 2022. O documento também apresenta previsões sobre possíveis adições de funcionalidades no futuro. Confira a seguir.

PIX como alternativa ao cartão de crédito

No mês passado, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o PIX poderia se tornar uma alternativa ao uso do cartão de crédito. A declaração foi feita após ele mesmo ter comunicado que o BCl estava avaliando a possibilidade de eliminar o uso do rotativo do cartão de crédito e oferecer parcelamentos do saldo devedor com juros mais baixos. Uma sugestão adicional foi a de cobrar uma tarifa para compras parceladas com prazos mais longos.

No relatório de gestão do PIX divulgado nesta segunda-feira, o Banco Central mencionou que existe a possibilidade de “estabelecer regras padronizadas que permitam o uso de mecanismos de garantia associados às transações de pagamento, tornando possível o uso do PIX para pagamentos parcelados, reduzindo o risco de crédito para o recebedor em situações de inadimplência por parte do pagador”.

O Banco Central também informou que tem acompanhado o setor financeiro, que está oferecendo suas próprias soluções para facilitar o parcelamento de pagamentos usando o PIX.

“Por exemplo, existem soluções que vinculam a concessão de crédito pessoal à transação PIX e soluções que permitem que uma transação PIX seja paga na fatura do cartão de crédito”, observou o relatório.

O Banco Central está monitorando o desenvolvimento desse mercado e o uso dessas soluções, e poderá, no futuro, se considerar necessário, criar um produto único ou estabelecer regras mínimas a serem seguidas pelas instituições financeiras.

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