Vem novidades por aí! A B3 está prestes a lançar um novo índice abrangente de ações, chamado Ibovespa B3 BR+, que vai combinar Brazilian Depositary Receipts (BDRs) de empresas brasileiras com a carteira do Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira.

A carteira teórica, que incluirá 90 empresas, será divulgada na próxima segunda-feira (12) e a B3 já adiantou que a primeira versão contará com os BDRs de Nubank (ROXO34), XP (XPBR31), Stone (STOC31), PagSeguro (PAGS34) e Inter (INBR32).

Vale destacar que, assim como o Ibovespa, essa carteira será revisada periodicamente no meses de janeiro, maio e setembro.

Ricardo Cavalheiro, superintendente de índices da B3, explicou que a criação desse índice amplo com BDRs foi motivada por diálogos com o mercado nos últimos dois anos. 

“Realizamos um processo formal de coleta de informações e comentários sobre a necessidade e o momento adequado para a estruturação do índice, o que também influenciou o timing do lançamento”, disse Cavalheiro durante uma coletiva de imprensa, disse.

Embora o Ibovespa B3 BR+ ainda não tenha sido licenciado por nenhuma empresa do mercado, Cavalheiro mencionou que há “conversas construtivas” em andamento. “Alguns participantes do mercado já demonstraram interesse em utilizar o índice”, afirmou.

Como funcionará a participação de cada ação na carteira teórica

Seguindo a composição do novo indicador, o BDR do Nubank ocupará a segunda posição em termos de participação percentual na carteira, com um peso de 7,14%.

A primeira posição será da ação ordinária (ON) da Vale (VALE3), que terá um peso de 11,21%. A mineradora também lidera a carteira do Ibovespa com um peso de 12,91%, seguida pela Petrobras (PETR4) com 8,08%.

Na lista dos 15 ativos com maior peso no Ibovespa B3 BR+, destaca-se também o BDR da XP, que terá um peso de 1,75%. Os BDRs da Stone, PagSeguro e Banco Inter terão pesos de 0,89%, 0,57% e 0,49%, respectivamente.

De acordo com a metodologia do Ibovespa B3 BR+, o índice incluirá todos os ativos presentes na carteira do Ibovespa B3, além dos BDRs de empresas brasileiras listadas nos Estados Unidos que atendam a certos critérios. Entre eles, estão o fato de não ser uma ‘penny stock’ e possuir uma participação igual ou superior a 0,1% do volume financeiro no mercado à vista durante o período de vigência das três carteiras anteriores.

Além disso, os BDRs devem ter uma presença mínima de 95% nos pregões durante o período de vigência das três carteiras anteriores e representar 85% do Índice de Negociabilidade. Para calcular esse índice, será considerada a liquidez total do ativo no Brasil e 50% da liquidez dos ativos subjacentes listados nos Estados Unidos.