Após indicação de Galípolo, taxas do Tesouro direto disparam
Nesta quinta-feira (29), as taxas dos títulos do Tesouro Direto estão em forte alta em relação ao fechamento de ontem. Às 9h56, os títulos do Tesouro IPCA+ com vencimentos em 2029, 2035 e 2045 apresentavam rendimentos de 6,28%, 6,15% e 6,23%, respectivamente, comparados a 6,18%, 6,07% e 6,19% no fechamento anterior.
Seguindo o mesmo fluxo, os títulos prefixados com vencimentos em 2027 e 2031, assim como o título com juros semestrais de 2035, também registraram alta, rendendo 11,70%, 11,91% e 11,84%, respectivamente, contra os 11,59%, 11,81% e 11,72% do último fechamento.
Esse aumento nas taxas ocorre após o anúncio feito ontem (28), da indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central a partir de 2025. Dessa forma, a alta das taxas DIs refletiu o receio do mercado quanto à área fiscal brasileira e incertezas sobre as próximas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom).
Além disso, Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, afirmou em evento organizado pelo Santander que, embora os dados do IPCA-15 tenham mostrado melhorias, ainda não são suficientes para garantir a convergência com a meta de inflação.
Ainda hoje (29), o mercado aguarda a participação de Campos Neto em uma palestra no CNN Talks Economia e a divulgação do resultado primário do governo referente a julho pelo Tesouro Nacional.
De acordo com as previsões do BTG, o déficit primário deve ser de R$ 12,2 bilhões.