Principais custos sobre os investimentos
Todo investidor sonha em encontrar o investimento ideal e isso não é segredo. Porém, até chegar a ele, é necessário estar atento aos custos das aplicações além de equilibrar boa rentabilidade e risco adequado. Nesse artigo reunimos as principais taxas e os impostos que incidem sobre os investimentos para quem está começando a investir. Na […]

Todo investidor sonha em encontrar o investimento ideal e isso não é segredo. Porém, até chegar a ele, é necessário estar atento aos custos das aplicações além de equilibrar boa rentabilidade e risco adequado. Nesse artigo reunimos as principais taxas e os impostos que incidem sobre os investimentos para quem está começando a investir.
Na lista dos custos temos:
Taxa de administração
A taxa de administração é revertida em pagamento para o gestor do fundo, que se dedica a todo o processo de compra e venda de ativos presentes na carteira de investimentos dessa aplicação. Sua cobrança é feita em casos de lucro ou de prejuízo, o que pode gerar perdas ao investidor quando o rendimento das aplicações não supera o valor dessa taxa. É um custo comum dos fundos de investimentos.
O custo da taxa é informado com base em um valor percentual anual, porém ela é descontada diariamente de forma proporcional. O valor da cobrança é proporcional ao capital que foi aplicado, logo, quanto maior for o montante, maior é o valor pago na taxa de administração.
Supondo que o valor investido tenha sido de R$2 mil em um fundo de investimento e a sua taxa de administração é de 2% ao ano. Dessa forma, em caso de estabilidade do fundo, o investidor pagaria R$40 ao ano pela administração da sua aplicação.
Importante destacar que a rentabilidade divulgada dos fundos de investimento já é líquida de todos os custos (exceto impostos). Ou seja, se um fundo declarou ter rendido 10%, isso já considera todos os custos (administração, performance e qualquer outro) que o fundo e o investidor venham a ter.
Taxa de performance
A taxa de performance é como um prêmio por desempenho e é cobrada quando a rentabilidade de um fundo é superior ao índice de referência (benchmark). Logo, quando não existe ganho excedente ao índice, não há cobrança dessa taxa. Esse é outro custo comum dos fundos de investimentos.
Geralmente são taxas aplicadas em fundos multimercados, cambiais ou de ações, pois eles precisam de uma gestão ativa do administrador para que os ganhos superem o índice base. Isso acaba por motivar o gestor a alcançar os melhores resultados possíveis. Você pode entender melhor sobre esses fundos no nosso artigo:
https://melhorinvestimento.net/entenda-quais-sao-os-principais-tipos-de-fundos-de-investimentos/
A cobrança da taxa de performance incide na rentabilidade do fundo e é cobrada, no mínimo, semestralmente, sempre que a meta é atingida.
Taxa de custódia
A taxa de custódia é para pagar os custos originados do armazenamento de títulos com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) – instituição que participa da estrutura da Bolsa de Valores. Ela é uma taxa cobrada por bancos e corretoras e não é obrigatória, ou seja, muitas instituições financeiras não cobram dos seus clientes. Quando ela é cobrada, está associada a investimentos em ações, ETFs (Exchange Traded Funds) e no Tesouro Direto.
Em casos de investimentos em ações ou ETFs, a cobrança da taxa de custódia é mensal e vai variar de acordo com cada corretora, lembrando que algumas não cobram.
Existe também o valor pago à Bolsa de Valores, em que os investidores com um capital menor que R$300 mil investido em renda variável não pagam taxa de custódia. Já os que possuem capital maior que R$300 mil, precisam pagar taxas decrescentes, que são cobradas proporcionalmente todo mês.
Para os investidores que optam pelo Tesouro Direto, há a cobrança de uma taxa de custódia de 0,3% ao ano que incide sobre o valor dos títulos.
A maioria das corretoras não fazem a cobrança de taxa de custódia no Tesouro Direto, possuem a chamada política de taxa zero. Porém alguns bancos realizam tarifas adicionais sobre essa aplicação.
Vale ressaltar, que essa taxa é descontada diariamente de maneira proporcional e cobrada ao fim de cada semestre, nos meses de janeiro e julho. Caso o investidor queira resgatar o capital, a taxa é abatida automaticamente.
Taxa de corretagem
A taxa de corretagem é o valor arrecadado pelas corretoras no momento da negociação de algum ativo. É um custo relativo ao processo de intermediação que a instituição faz entre o investidor e o mercado financeiro na hora de negociar um ativo. Ela é cobrada toda vez que há a compra ou venda de ações na B3. O custo vai variar de acordo com a instituição escolhida, podendo não ser exigido para investidores que operam utilizando um valor mínimo mensalmente. Na maioria dos casos, é uma cobrança que pode seguir dois comportamentos: fixo ou de acordo com o volume de negociações.
Taxa de entrada e saída
A taxa de entrada e saída é um custo sobre novos aportes ou retiradas de capital antes do vencimento determinado inicialmente. É uma taxa que deixou de ser comum, contudo, ainda pode ser cobrada em aplicações como alguns fundos de investimentos e planos de previdência privada.
A taxa de saída funciona como uma espécie de penalidade para quem tira o dinheiro antes do tempo acordado. Dessa forma, existe um certo incentivo para o que o investidor permaneça com o montante aplicado por um longo período de tempo.
Quando se trata de fundos de investimentos, os valores cobrados variam consideravelmente e podem ser fatores importantes na rentabilidade líquida da aplicação. Já a taxa de entrada é raramente aplicada sobre novos depósitos no fundo. Ela pode ser encontrada em fundos de previdência privada com o nome de taxa de carregamento, que vamos falar a seguir.
Taxa de carregamento
A taxa de carregamento é cobrada sobre cada novo depósito realizado. O objetivo da sua arrecadação é cobrir as despesas de corretagem e administração. Ela é uma taxa aplicada, principalmente, em planos de previdência privada do tipo PGBL e VGBL.
Ela funciona basicamente assim: quanto mais capital o investidor aportar e mais tempo permanecer com ele aplicado, a tendência é de que a taxa cobrada seja menor, muitas vezes podendo chegar a zero.
Por exemplo: supondo que um investidor aporte R$200 na previdência e a taxa de carregamento é de 2%, então, apenas R$196 serão, de fato, investidos.
Emolumentos
Os emolumentos, também conhecidos como taxa de negociação, são custos arrecadados pela Bolsa de Valores Brasileira e pela CBLC em cada operação de compra e venda de ações ou ETFs. O valor cobrado varia de acordo com o tipo de investidor, tipo de operação e o capital aplicado.
O custo pode ser de até, no máximo, 0,00325% por operação, incluindo a taxa de liquidação. Ambos incidem sobre o valor financeiro da transação e incluem os custos operacionais que foram gerados no processo.