Ser MEI hoje não é só sobre emitir nota e declarar o faturamento. É também sobre oferecer formas de pagamento que facilitem a venda e fidelizem clientes. Ter uma maquininha de cartão eficiente significa vender mais, reduzir abandono de vendas e controlar fluxo de caixa.

Neste guia do Melhor Investimento, você vai encontrar: comparação das principais opções em 2025, ranking de custo-benefício, o que avaliar antes de comprar ou alugar, e sugestões para diferentes perfis de negócio (da barraca de rua à loja virtual com retirada no balcão).

Por que o MEI precisa de maquininha de cartão?

Aceitar cartão virou padrão de mercado. Hoje em dia muitos clientes chegam com o cartão na mão, e o troco, às vezes, não existe. Para o MEI, a maquininha:

  • Aumenta a conversão de vendas (menos desistências no caixa).
  • Permite parcelamento (vendas maiores).
  • Integra com conta digital, facilitando fluxo e antecipação de recebíveis.
  • Abre possibilidade de aceitar Pix, QR Code, aproximação (NFC) e tickets.

Em resumo: não é um luxo, é uma ferramenta operacional que pode transformar a rotina e o caixa do seu negócio.

Principais maquininhas do mercado

Há muitas marcas e modelos, algumas com foco em custo baixo para autônomos, outras com soluções completas para quem tem loja.

Entre as que mais aparecem em comparativos e nos sites oficiais em 2025 estão:

  • PagBank / PagSeguro (Moderninha, Minizinha);
  • Mercado Pago (Point);
  • SumUp (Top, Solo, Super);
  • Ton (T1/T2/T3);
  • InfinitePay (InfiniteSmart).

Cada uma tem propostas diferentes: taxas por venda, prazos de recebimento, aluguel (ou não), conta digital atrelada e aceitação de benefícios (VR/VA).

Comparativo das principais opções de maquininha de cartão para MEI

Veja uma comparação com os pontos que mais interessam a um MEI: taxas médias, prazo de recebimento, aluguel/compra e diferenciais. Use como ponto de partida e sempre confirme no site da marca antes de fechar.

PagBank / PagSeguro (Moderninha / Minizinha)

As maquininhas da família PagBank costumam apresentar taxas em torno de 1,99% no débito e a partir de ~3,19% no crédito à vista, embora esses percentuais variem conforme o modelo e o plano escolhidos.

O recebimento pode ser imediato (na hora) ou em 14/30 dias, dependendo da modalidade, e a maioria dos modelos é vendida sem aluguel (compra do aparelho).

O grande diferencial é a ampla aceitação de bandeiras e o ecossistema de serviços, conta digital, crédito e o PagVendas, que ajudam a organizar o fluxo de caixa e a operação do MEI.

Mercado Pago (Point)

As taxas do Mercado Pago variam por faixa de faturamento, melhorando à medida que o volume mensal aumenta; o empreendedor pode receber na hora, em 14 ou em 30 dias, conforme a opção escolhida.

O ponto forte é a integração com o Mercado Livre e todo o ecossistema Mercado, o que torna a solução muito prática para quem vende online e quer unificar recebimentos e relatórios entre canais digitais e presenciais.

SumUp

A SumUp se posiciona como opção simples e direta. Costuma ter taxas competitivas e frequentemente oferece promoções iniciais; não há cobrança de aluguel porque o modelo é de compra do aparelho.

Os prazos de recebimento variam conforme a opção, havendo em certos casos a possibilidade de “dinheiro na hora”, e os modelos são pensados para autônomos que priorizam facilidade de uso, baixo custo inicial e integração com celular.

Ton

A Ton oferece planos com taxas decrescentes conforme o faturamento (planos como Pro e Super) e uma linha de modelos (T1, T2, T3 e T3 Smart) que atendem diferentes necessidades; a T3 Smart traz Android e recursos mais avançados.

O diferencial da Ton é a escalabilidade das taxas, atraente para quem espera crescer: quanto maior o volume, menores as tarifas, o que reduz o custo por transação ao longo do tempo.

InfinitePay (InfiniteSmart)

A InfinitePay é conhecida por apresentar taxas agressivas, especialmente no débito, e por trabalhar com faixas de faturamento que reduzem os percentuais conforme o volume, uma opção para CNPJ, já que alguns planos são exclusivos para pessoa jurídica.

O recebimento é rápido (na hora ou em 1 dia útil) e a proposta é adequada para quem fatura mais e busca reduzir de forma significativa o custo por transação, além de aproveitar recursos de gestão integrados.

Observação: percentuais exatos mudam com promoções e planos regionais. Use este guia como orientação e confira o contrato final antes de contratar.

O que avaliar antes de escolher: checklist prático para MEI

Escolher a melhor maquininha de cartão depende menos do “nome da marca” e mais de como ela se encaixa no seu negócio. Antes de decidir, responda honestamente:

1. Taxas (débito, crédito à vista, parcelado, Pix)

O ponto de partida é entender que nem toda taxa é igual: geralmente o débito tem o menor percentual porque o risco e o custo da operação são menores; o crédito à vista vem logo depois; já o crédito parcelado costuma subir bastante, porque a operadora incorpora o custo da diferença entre receber à vista e parcelar em n vezes.

O Pix, quando oferecido pela maquininha, normalmente tem custo muito baixo ou zero nas promoções, mas isso pode variar.

Se você parcela vendas com frequência, não olhe só para a taxa nominal: verifique o custo da antecipação de recebíveis (quanto a operadora cobra para adiantar parcelas) e calcule o impacto no seu lucro.

Em resumo: compare débito x crédito à vista x parcelado x Pix para o seu mix de vendas e sempre confira as tabelas de taxas atualizadas no site do provedor antes de fechar o contrato.

2. Prazo de recebimento / antecipação

O prazo em que o dinheiro cai na sua conta influencia diretamente o seu fluxo de caixa. Receber “na hora” elimina apertos de caixa e é ótimo para repor estoque ou pagar fornecedores, mas às vezes tem uma tarifa maior; prazos como 1 dia, 14 ou 30 dias costumam reduzir a taxa, porém amarram seu capital.

Se você faz muitas vendas no cartão e depende do caixa diário, avalie o custo-benefício de receber na hora versus aguardar; se optar por parcelar e antecipar, compare as taxas de antecipação entre provedores, já que algumas empresas cobram percentual fixo por operação, outras aplicam juros que tornam a antecipação cara.

Planeje as antecipações apenas quando necessário e privilegie prazos que permitam operar sem apertos.

3. Aluguel vs compra

Comprar a maquininha envolve desembolso inicial, mas costuma sair mais barato no médio e longo prazo, pois não há mensalidade; já o aluguel reduz o custo inicial e pode incluir manutenção, mas pode vir com cláusulas de fidelidade, reajustes e multas.

Para quem participa de eventos pontuais ou tem um uso sazonal, alugar pode ser a opção mais prática; para um estabelecimento fixo com movimento diário, comprar geralmente compensa.

Antes de escolher, calcule o custo total (valor de compra + taxas) versus o aluguel mensal multiplicado pelo período em que pretende usar a máquina. Também leia com atenção contratos sobre assistência técnica, garantia e termos de devolução.

4. Suporte e reputação

Em dias de movimento intenso, um suporte lento pode travar vendas e gerar prejuízo. Pesquise o histórico da empresa em sites de reclamação, verifique tempo médio de resposta e canais disponíveis (telefone, chat no app, WhatsApp, e-mail).

Prefira provedores com atendimento multicanal e com avaliação consistente, um suporte ágil resolve problemas de integração, pagamentos recusados e dúvidas sobre antecipação.

Antes de fechar, teste o atendimento: mande uma mensagem ao suporte e avalie o tempo de resposta e a qualidade da orientação.

5. Conectividade e bateria

Pense no seu fluxo de vendas: se você vende em um ponto fixo com Wi-Fi, uma maquininha com Wi-Fi é suficiente; se depende do celular (delivery, motoboy, atendente móvel), as opções Bluetooth que usam o celular são práticas.

Para feiras, eventos e vendedores ambulantes, prefira máquinas com chip 3G/4G integrado e baterias de longa duração. Baterias de 10–24 horas fazem diferença em jornadas longas.

Verifique também recursos offline (algumas maquininhas armazenam transações e enviam depois) e a facilidade de imprimir ou enviar comprovante por SMS/e-mail; um powerbank portátil pode ser um bom investimento para quem fica fora o dia todo.

6. Aceitação de bandeiras e benefícios (VR/VA)

Nem todas as maquininhas aceitam vale-refeição ou vale-alimentação (VR/VA) e, dependendo do seu público, recusar esses cartões pode significar perda de vendas.

Verifique quais bandeiras cada equipamento aceita (Visa, Mastercard, Elo, Hipercard, Amex, além de bandeiras de benefícios como Alelo, Sodexo, Ticket, VR) e se há diferença de taxa para esses recebíveis.

Para segmentos como alimentação ou alimentação fora do lar, aceitar VR/VA é muitas vezes essencial; para serviços que atendem público corporativo, atenção a cartões corporativos e benefícios.

7. Recursos extras (PDV, integração com sistema, relatórios)

Hoje a maquininha pode ser muito mais do que um terminal de pagamento: muitas oferecem PDV completo, integração com sistemas de gestão, emissão de relatórios detalhados, exportação em CSV, APIs para conectar com e-commerce e até controle de estoque.

Se você emite cupom fiscal ou nota eletrônica, confirme compatibilidade com seu sistema contábil ou com o software de frente de caixa; se gerencia vários vendedores, verifique multiusuário e relatório por vendedor.

Esses recursos facilitam a gestão e a conciliação das vendas. Às vezes vale pagar um pouco mais por uma solução que economize horas de trabalho administrativo no fim do mês.

Casos de uso: qual maquininha é melhor para cada perfil de MEI?

Para um feirante ou entregador que circula pela cidade, a prioridade costuma ser a portabilidade do aparelho, bateria com duração adequada e ausência de aluguel; por isso escolhas como modelos compactos da SumUp e a Minizinha do PagBank aparecem com frequência nas recomendações.

Para uma loja física pequena que precisa aceitar vales e ter comprovantes impressos, modelos como a Moderninha do PagBank ou aparelhos mais robustos do Mercado Pago podem ser mais apropriados, pois aceitam VR e VA e têm versões com impressora integrada.

Profissionais liberais que vendem serviços esporádicos e não precisam de impressora geralmente se dão bem com maquininhas que funcionam via celular por Bluetooth, como as opções mais simples da SumUp ou de empresas que oferecem planos com recebimento rápido.

Negócios que movimentam vendas online e retiradas no balcão ganham ao adotar maquininhas com boa integração ao e-commerce e ao marketplace, cenário em que o Mercado Pago costuma ter força.

Essas recomendações práticas têm respaldo nas funcionalidades apontadas nas páginas oficiais e em análises de mercado.

Ranking prático de custo-benefício para MEIs (2025)

  1. SumUp: melhor para autônomos que precisam de custo inicial baixo e taxas competitivas; aparelho simples e sem aluguel.
  2. PagBank (PagSeguro): equilíbrio entre preço do aparelho, funcionalidades (impressão, VR/VA) e conta digital integrada; ótimo para quem quer um ecossistema.
  3. Ton: bom para quem fatura pouco inicialmente, mas quer plano escalável e taxas que melhoram com o tempo.
  4. InfinitePay: ideal para MEIs que já cresceram e têm volume: taxas muito atraentes para quem aceita CNPJ (algumas ofertas exclusivas).
  5. Mercado Pago: melhor para quem vende no Mercado Livre ou quer integração total com marketplace; taxas variáveis por faixa de faturamento.

Esse ranking prioriza custo por transação + usabilidade + integração, fatores que realmente impactam o caixa e o tempo do empreendedor.

Erros comuns ao escolher e como evitá-los

Um erro comum é decidir apenas pela taxa anunciada sem ler a tabela completa. A taxa para crédito à vista pode parecer atraente, mas quando se parcela a venda ou se antecipa o recebível, o custo efetivo pode ficar bem mais alto.

Outro equívoco frequente é ignorar o prazo de recebimento por priorizar apenas o preço do aparelho; receber em 30 dias pode sufocar o caixa de um microempreendimento.

Também vale evitar contratar sem verificar o suporte: um atendimento lento em um dia de movimento pode prejudicar vendas e reputação.

Por fim, não considere somente o preço inicial do equipamento; inclua no cálculo a incidência de taxas em suas vendas típicas para saber se o modelo realmente compensa a médio prazo.

Qual é a melhor máquina de cartão para MEI?

Não existe uma resposta universal: a melhor maquininha de cartão para um MEI é a que combina taxas justas, prazo de recebimento compatível com seu fluxo de caixa, suporte confiável e recursos que você realmente usa (impressão, VR/VA, integração com PDV). Como regra prática:

  • Se você quer simples e barato: SumUp.
  • Se você quer ecossistema completo (conta digital, crédito, integrações): PagBank / PagSeguro.
  • Se você vende muito online e usa marketplace: Mercado Pago.
  • Se seu objetivo é reduzir ao máximo a taxa por transação com CNPJ: InfinitePay (para perfis de maior faturamento).

Quer simplificar a gestão do seu negócio? Descubra mais dicas práticas para MEIs e pequenas empresas no portal Melhor Investimento e aprenda a usar o cartão CNPJ a seu favor.

Aviso: As informações contidas neste artigo foram apuradas para fins informativos e refletem o panorama do mercado até 02/10/2025. Taxas, prazos de recebimento, modelos de aparelho e condições comerciais podem sofrer alterações repentinas por parte das empresas. Este conteúdo não substitui orientação contábil, jurídica ou financeira profissional. Antes de contratar qualquer serviço, verifique as condições atualizadas no site oficial do provedor, leia o contrato e, se necessário, consulte um contador ou especialista.

Carolina Gandra

Jornalista do portal Melhor Investimento, especializada em criptomoedas, ações, tecnologia, mercado internacional e tendências financeiras. Transforma temas complexos como blockchain, inteligência artificial e estratégias de mercado em conteúdos acessíveis e envolventes. Com análises atuais e visão estratégica, ajuda leitores a decifrar o futuro dos investimentos e identificar oportunidades no mercado financeiro.