Super Quarta dos Juros: o que é, importância e impactos na economia
Entenda o que é a Super Quarta dos Juros, por que ela impacta a economia global e como as decisões do Copom e do Fed influenciam investimentos e mercados

A Super Quarta dos Juros é um dos momentos mais aguardados pelos mercados globais. A expressão se refere à coincidência das reuniões de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil, e do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), nos Estados Unidos.
Essas decisões influenciam taxas de juros, expectativas econômicas e fluxos de capital ao redor do mundo.
Hoje, no portal Melhor Investimento, você vai entender a fundo a origem desse evento do mundo econômico e as implicações para o seu bolso. Acompanhe!
O que é a Super Quarta e por que ela existe?
A cada seis semanas, o Banco Central do Brasil e o Federal Reserve (Fed) divulgam suas decisões sobre as taxas de juros em um mesmo dia. Essa coincidência não é proposital, mas ocorre devido às agendas regulares dos dois órgãos. O mercado denomina essa data como “Super Quarta” pela importância que essas decisões têm na economia global.
O Copom decide a Selic, taxa básica de juros brasileira, utilizada como referência para o crédito e investimentos no país. O FOMC determina a taxa básica dos Estados Unidos, que influencia o custo do dinheiro globalmente.
Como Brasil e EUA têm economias interligadas por meio do fluxo de capitais, as decisões desses dois órgãos impactam diretamente os investimentos, a inflação e a atividade econômica.
Projeções futuras para as taxas de juros
As expectativas para a Selic e os juros americanos variam conforme a conjuntura econômica. No Brasil, a Selic registrou cortes consecutivos desde o início de 2023, em resposta à queda da inflação e à necessidade de estimular o crescimento econômico. No entanto, analistas monitoram sinais de pressão inflacionária que podem limitar o espaço para novos cortes e a tendência é de alta para 2025.
Nos Estados Unidos, o Fed enfrenta um dilema diferente. Após um ciclo agressivo de elevação dos juros para conter a inflação, o mercado debate quando e em que ritmo o banco central americano começará a reduzir as taxas. Se o Fed mantiver juros elevados por mais tempo, pode pressionar moedas emergentes, como o real, e tornar os investimentos em países em desenvolvimento menos atraentes.
Impactos da Super Quarta na economia brasileira
A decisão da Super Quarta influencia diretamente os juros do crédito, os investimentos e o comportamento do mercado financeiro. Quando o Copom reduz a Selic, o custo dos empréstimos diminui, estimulando o consumo e os investimentos produtivos. No entanto, juros mais baixos também podem aquecer a inflação, exigindo uma postura cautelosa do Banco Central.
Se o Fed mantiver juros elevados, o dólar pode se fortalecer, tornando as importações mais caras e pressionando a inflação brasileira. Além disso, um diferencial de juros menor entre Brasil e EUA reduz a atratividade dos ativos brasileiros para investidores estrangeiros, podendo impactar o fluxo de capitais para o país.
Outras decisões de juros pelo mundo
Embora a Super Quarta esteja centrada nas decisões do Brasil e dos Estados Unidos, outros países também tomam decisões importantes de política monetária que afetam os mercados globais. O Banco Central Europeu (BCE), por exemplo, define a taxa de juros da Zona do Euro, impactando a valorização do euro e as condições financeiras de vários países europeus.
O Banco da Inglaterra também possui um papel relevante, especialmente após o Brexit, com decisões que afetam a libra esterlina e o custo do crédito no Reino Unido. Na Ásia, o Banco do Povo da China influencia as taxas de juros do maior mercado emergente do mundo, impactando a demanda global por commodities e o crescimento econômico.
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Coincidências com outras economias globais
- Banco Central Europeu (BCE): realiza reuniões aproximadamente a cada seis semanas. Em alguns anos, certas datas podem coincidir com a Super Quarta, mas não há uma sincronização fixa.
- Banco da Inglaterra (BoE): suas reuniões ocorrem mensalmente, com algumas coincidindo ocasionalmente com as decisões do Copom e do FOMC.
- Banco do Japão (BoJ): possui um calendário variável, sem coincidências frequentes com a Super Quarta.
FAQ: Tudo sobre a Super Quarta dos Juros
1. O que é a Super Quarta dos Juros?
A Super Quarta dos Juros é o dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil, e o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), nos Estados Unidos, anunciam suas decisões sobre as taxas de juros.
2. Quando acontece a Super Quarta?
A Super Quarta ocorre a cada seis semanas (45 dias), coincidindo com o calendário regular de reuniões do Copom e do FOMC. Como ambos seguem cronogramas fixos, suas decisões acabam sendo divulgadas no mesmo dia em várias ocasiões ao longo do ano.
3. Como a Super Quarta impacta os investimentos?
As decisões de juros afetam diretamente os mercados financeiros. Quando o Copom reduz a Selic, investimentos em renda variável, como ações, tendem a se tornar mais atrativos. Já uma elevação dos juros nos EUA pode fortalecer o dólar, reduzindo a atratividade de ativos brasileiros para investidores estrangeiros.
4. Quais outros países tomam decisões de juros importantes?
Além de Brasil e EUA, outros bancos centrais influenciam a economia global, como o Banco Central Europeu (BCE), o Banco da Inglaterra e o Banco do Povo da China. Embora nem sempre coincidam com a Super Quarta, suas decisões também afetam mercados ao redor do mundo.
5. Por que a taxa de juros dos EUA é tão relevante?
A taxa básica dos EUA influencia o custo do dinheiro globalmente. Juros mais altos no país tornam os títulos americanos mais atrativos, reduzindo o fluxo de capital para mercados emergentes, como o Brasil. Isso pode afetar o câmbio, os investimentos e a inflação em diversas economias.
6. Como acompanhar a Super Quarta?
As decisões do Copom e do FOMC são divulgadas em comunicados oficiais e acompanhadas de coletivas de imprensa. Investidores também monitoram discursos de autoridades monetárias e projeções do mercado para ajustar suas estratégias conforme os novos cenários econômicos.
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