Você já deve ter ouvido falar em criptoativos ou tokens. Mas sabe o que é a tokenização de ativos? E o que quer dizer blockchain?

Com a nova economia digital, houve o florescimento dos tokens e dos seus tipos. Para completar, a expectativa é que essa revolução seja ainda maior num futuro próximo.

Neste artigo, entenda o que é tokenização de ativos e tire suas dúvidas sobre esse fenômeno. Continue a leitura!

O que é a tokenização de ativos?

A tokenização de um ativo consiste em dividi-lo em pequenas frações digitais por meio do uso de um banco de dados blockchain. Cada um dessas porções é um token, ou seja, é a representação digital desse ativo, que pode ser tangível ou intangível, como um direito.

Depois que os tokens são criados, é possível comprá-los ou vendê-los, como qualquer ativo financeiro.

O que é blockchain?

O blockchain é uma tecnologia de registro distribuído que armazena dados. Por meio dela, é possível realizar a verificação de informações de forma segura, ágil e, principalmente, sem ter que depender de uma entidade reguladora.

Em outras palavras, a tecnologia blockchain permite que usuários sejam servidores de uma rede compartilhada. Cada um deles é um nó (em inglês, node) e possui a cópia das informações disponíveis no blockchain.

Quais as vantagens do uso do blockchain na tokenização de ativos?

Como era de se esperar, há diversas vantagens na descentralização por meio do uso do blockchain na tokenização de ativos:

  • identificação específica, o que impede falsificações;
  • representação de um ativo real;
  • negociação 24 horas por dia;
  • ausência de uma entidade reguladora.

Para que serve a tokenização?

A tokenização serve para tornar a transação de qualquer ativo mais segura e ágil, seja um dinheiro, um direito ou uma posse.

Para facilitar o entendimento, imagine que uma obra de arte custe R$1 milhão e tenha sido dividida em 10.000 tokens de R$100. Cada um deles equivalerá a 0,00001% dessa obra de arte. Assim, se ela for vendida por R$2 milhões no futuro, cada token valerá R$200.

Vale destacar que, além de obras de arte, imóveis, commodities, ativos de renda fixa, ativos de renda variável e propriedade intelectual, como patente, direito autoral e marca registrada, também podem ser tokenizados.

Quais ativos podem ser tokenizados?

Novamente, qualquer ativo, tanto tangível como intangível, pode ser tokenizado, isto é, representado por um token.

No entanto, tenha em mente que há regulações que variam de país para país. Por exemplo, para a oferta de security tokens, como ações e títulos, é preciso ter registro e autorização para fazê-la.

Quais são as vantagens da tokenização de ativos?

Agilidade e segurança

Novamente, a tokenização de ativos garante mais agilidade e segurança nas transações. Afinal, não é necessário que haja uma entidade reguladora e tudo ocorre 24 horas por dia e todos os dias da semana.

Em termos de segurança, utiliza-se o smart contract (em português, contrato inteligente). Diferentemente dos contratos tradicionais, os contratos inteligentes têm como base algoritmos e regras programadas, reforçando a transparência e custa menos.

Digitalização

A digitalização consiste na divisão de qualquer tipo de ativo em pequenas frações digitais por meio da tecnologia blockchain. Como era de esperar, isso abre espaço para novos mercados, ampliando as oportunidades de negócio.

Divisibilidade

Como não há um limite mínimo de divisão de um ativo em tokens, é possível emiti-los em quantidade. Consequentemente, torna-se viável captar mais investidores.

Transparência

As informações sobre os tokens ficam armazenadas no blockchain. Assim, qualquer usuário que possua um token pode consultá-las, o que gera mais transparência e credibilidade nas negociações.

Quais são os principais tipos de token?

Tokens de moedas

Os tokens de moedas, também chamados de tokens de pagamento ou criptomoedas, são os que têm valor de dinheiro no meio digital, como as moedas digitais Bitcoin e Ethereum.

Utility tokens

Os utility tokens ou tokens de utilidade são os que dão desconto em determinados produtos ou acesso a serviços específicos.

O Chiliz (CHZ) é o utility token da Socios.com, plataforma de engajamento que permite que organizações de esporte e entretenimento monetizem sua base de fãs.

Security tokens

Os security tokens representam ativos financeiros tradicionais, como ações e títulos. Por meio da tecnologia blockchain, eles agregam o mercado tradicional ao mercado de finanças descentralizadas (DeFi).

Um exemplo é o Neufund, plataforma que possibilita que o usuário invista em qualquer negócio do planeta.

Por fim, vale frisar que as operações no DeFi são detalhadas e executadas por meio de algoritmos e contratos inteligentes, tendo como sua principal casa a rede do Ethereum.

Equity tokens

Funcionando de maneira parecida às ações de uma empresa, os equity tokens são representações digitais de frações de uma empresa. Isso porque, quem os possui, tem direito a uma parcela dos lucros.

A diferença, porém, reside na forma de seu registro. Afinal, os equity tokens estão registrados no blockchain, que pode ser comparado a um livro contábil descentralizado.

Non-fungible tokens (NFTs)

Os non-fungible tokens (NFTs) são registros digitais de itens colecionáveis, que podem ser reais ou virtuais, e seus certificados de propriedade. Um exemplo de NFTs são os personagens de jogos e obras de arte.

Repare que, na tradução para português, NFT quer dizer token não fungível. Segundo o nosso Código Civil, um bem fungível é aquele que pode ser substituído por outro da mesma espécie, qualidade e quantidade. Uma nota de R$50 pode ser trocada por cinco notas de R$10, certo?

Já um bem não fungível é aquele que não pode ser substituído por outro da mesma espécie, qualidade e quantidade. O “NFT do macaco”, por exemplo, é uma coleção com 10 mil artes digitais de macacos entediados com recursos e acessórios gerados por algoritmos.

Logo, cada NFT é único, não podendo ser trocado por outro igual, como a nota de R$50 menciona acima. Isso porque o seu comprovante de autenticidade é um código de computador registrado no blockchain por meio de smart contract.

O conteúdo foi útil para você? Então, aproveite e leia também Jogos NFT: o que são e como funcionam!

Resumindo

Para que serve a tokenização?

A tokenização envolve a divisão de ativos em frações digitais por meio de um banco de dados blockchain, proporcionando agilidade, segurança e transparência às transações. 

Essa prática facilita a entrada de mais investidores, permitindo a criação de novos mercados e oportunidades de negócio. Após a criação dos tokens, eles podem ser comprados ou vendidos como ativos financeiros. 

Diversos tipos de ativos, como obras de arte, imóveis, commodities e propriedade intelectual, podem ser tokenizados, ampliando as possibilidades de investimento.

Por que tokenizar?

Tokenizar um ativo, seja tangível ou intangível, divide-o em frações digitais através de blockchain, proporcionando transações rápidas, seguras e transparentes. Essa digitalização cria novos mercados e amplia oportunidades de negócio, sem limite mínimo de divisão, facilitando a captação de investidores.

Os tokens resultantes podem ser comprados ou vendidos como ativos financeiros, como exemplificado por uma obra de arte dividida em tokens de R$100, onde cada um representa 0,00001% do valor total.

Além de obras de arte, diversos ativos, como imóveis, commodities e propriedade intelectual, também podem ser tokenizados.

Quais ativos podem ser tokenizados?

Qualquer ativo, tanto tangível como intangível, pode ser tokenizado. Isso porque a sua tokenização consiste na sua divisão em pequenas frações digitais, os chamados tokens, por meio do uso de um banco de dados blockchain.

Depois que os tokens são criados, é possível comprá-los ou vendê-los, como qualquer ativo financeiro.

Por exemplo, uma obra de arte que custa R$1 milhão pode ser dividida em 10.000 tokens de R$100. Cada um deles equivalerá a 0,00001% dessa obra de arte. Assim, se ela for vendida por R$2 milhões no futuro, cada token valerá R$200.

Além de obras de arte, imóveis, commodities, ativos de renda fixa, ativos de renda variável e propriedade intelectual, como patente, direito autoral e marca registrada, também podem ser tokenizados.

Equipe MI

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