Feito é melhor que perfeito
E assim começamos mais um texto na velha pegada “direto ao ponto” para quem aguenta ouvir (e ler) verdades e sempre se propõe a evoluir com a opinião do analista da realidade, mais conhecido como eu mesmo. Nos investimentos, não dá para esperar que a oportunidade de ouro chegue. E geralmente, quando ela chega, você […]

E assim começamos mais um texto na velha pegada “direto ao ponto” para quem aguenta ouvir (e ler) verdades e sempre se propõe a evoluir com a opinião do analista da realidade, mais conhecido como eu mesmo.
Nos investimentos, não dá para esperar que a oportunidade de ouro chegue. E geralmente, quando ela chega, você nem sabe dizer se aquilo que está na sua frente é realmente de ouro, prata ou bronze. Só sabe quem passa pela coisa.
E digo mais: quem evita estar posicionado, só se arrepende do que deixou de fazer e nunca do que fez. Até porque, geralmente, esses não fazem nada mesmo.
Eu lembro até hoje das primeiras ações que comprei e também dos motivos por trás de tais aquisições. Foram PTBL3 e CARD3. E não, engraçadinho… Isso não é recomendação de compra!
Foi o seguinte: um amigo me disse que um amigo dele disse que vários outros disseram que eram ótimas ações. E aí, lá em 2017, no fatídico “Joesley Day”, esse que vos fala resolveu adquirir singelos 2 lotes de cada papel.
“Está muito barato!” – disse o amigo.
“Não tem como cair mais!” – disse o amigo do amigo
“Comprei!” – eu falei.
Afinal, feito é melhor que perfeito.
E adivinhem só… Tinha sim como cair mais. Na verdade, tinha como cair bem mais e permanecer bem caída, lá no chão. As duas.
Porém, o engraçado é que quando paro para pensar em tudo o que fiz e até onde cheguei, fico extremamente agradecido pelo momento em que comprei essas ações.
Em resumo: eu não tive prejuízo. Na real, eu tive muito lucro. Para você ter uma noção, somente em PTBL3 eu realizei, ao final do ciclo, uns 80%. Em CARD3, que acabei soltando antes, eu fiz 30%. Caiu, mas subiu.
Inclusive, esses lucros astronômicos me fizeram ter mais coragem ainda, e foi aí que após essa dose de bravura, eu realmente tive meus primeiros prejuízos.
Mas eu repito: agradeço demais por esses acontecimentos e por começar errando já de início. E não, não é contraditório ter lucro e admitir o erro. Eu fui completamente inconsequente, assim como um iniciante é.
Eu simplesmente comprei ações porque disseram que daria certo. É bem verdade que até poderia dar, assim como poderia não dar. Acabou que deu super certo, mas mesmo assim eu errei e aprendi que devo entender no que invisto e não contar com a sorte.
A coragem que ganhei me fez perder com mais força, porém acertar minhas decisões. Eu vivenciei um ciclo de alta logo após um dia de crise. Fiquei eufórico com tudo aquilo e me policiei ao fato de que um dia a queda chegaria. Continuei naquela felicidade de acertos até 2019. Ganhar do Ibov parecia tirar doce de criança.
Porém… Bom, sabemos o que aconteceu em 2020. E onde você estava posicionado?
Eu estava novamente entrando em um dos primeiros papéis que comprei, o PTBL3. E isso continua não sendo uma recomendação de compra!
Ficou curioso para saber quanto ganhei nessa nova aquisição? Então dê uma pesquisada sobre um dos preços mínimos do papel durante a pandemia que você vai ter uma estimativa.
Sou um gênio? Não. Eu só fiz.
Em 2016, eu não sabia o que estava fazendo, mas fiz e aprendi. Em 2020 eu tinha bem mais noção, sabia analisar ações e estava pronto para assumir meu erro, se fosse o caso.
Se eu estivesse esperando o ‘perfeito’, pode ter certeza que não estaria ‘feito’ até hoje.
Você tem poucas chances de acertar na mosca. Todas elas vêm da experiência do erro.
Ontem, hoje e sempre. Feito é melhor que perfeito.
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