O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (5) que os saques das contas de poupança superaram os depósitos em R$ 6,3 bilhões.

A retirada resultou numa redução em relação ao mesmo mês do ano anterior, no qual os saques líquidos de recursos da poupança totalizaram US$ 9,87 bilhões. Já os depósitos do mês passado somaram R$ 289,27 bilhões, enquanto as retiradas totalizaram R$ 295,52 bilhões.

De acordo com o Banco Central, nos primeiros quatro meses deste ano, as retiradas da poupança excederam os depósitos em R$ 57,48 bilhões, o que representa um novo recorde para o período.

Com a saída de recursos da poupança no mês passado, o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado, registrou estabilidade em cerca de R$ 967,5 bilhões. Os rendimentos também são creditados no cálculo do saldo da poupança.

Apesar dos saques realizados no mês anterior, o estoque total aplicado na poupança permaneceu estável em cerca de R$ 967,5 bilhões. Vale ressaltar que os rendimentos também são incluídos no cálculo do saldo da poupança.

Rentabilidade na poupança

Em 2022, a caderneta de poupança apresentou o primeiro ano de rendimento real desde 2018. Essa foi uma boa notícia para os investidores, que passaram três anos com ganhos abaixo da inflação oficial do país. 

No ano passado, a aplicação financeira mais popular do Brasil registrou rentabilidade de 2%, já descontado o aumento de preços pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Apesar do ganho real, a poupança ainda tem um rendimento limitado. Quando a taxa básica de juros (Selic) ultrapassa o patamar de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança é de 0,5% ao mês, mais a variação da taxa referencial (TR). 

A TR é calculada pela média ponderada dos títulos públicos prefixados. Essa limitação na rentabilidade da poupança é um ponto importante a ser considerado pelos investidores, especialmente em momentos em que a taxa Selic está em alta.