Bolsonaro deixa prisão sob escolta da PF e é internado para cirurgia em Brasília
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Foto: Ton Molina/STF
O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou a prisão nesta quarta-feira (24) e foi internado em um hospital de Brasília para a realização de uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral. A saída ocorreu após 32 dias de detenção na superintendência da Polícia Federal, no Distrito Federal, e teve como objetivo exclusivo permitir o tratamento médico autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A transferência para o Hospital DF Star aconteceu no início da manhã e foi acompanhada por um rígido esquema de segurança. A medida não altera o cumprimento da pena imposta ao ex-presidente, que segue condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. A autorização judicial se restringe ao período necessário para a realização do procedimento cirúrgico e à recuperação hospitalar.
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Bolsonaro deixa prisão para tratamento médico autorizado pelo STF
A saída de Jair Bolsonaro da unidade da Polícia Federal ocorreu por volta das 9h30 desta quarta-feira. Poucos minutos depois, o ex-presidente chegou ao hospital particular localizado na região central de Brasília, onde foi imediatamente internado para a realização de exames preparatórios.
Segundo a decisão judicial, a liberação temporária foi concedida exclusivamente por razões médicas, após a apresentação de laudos que indicaram a necessidade de intervenção cirúrgica. O procedimento visa corrigir uma hérnia inguinal bilateral, condição que pode provocar dores intensas e riscos à saúde se não tratada adequadamente.
De acordo com a defesa, a cirurgia já vinha sendo avaliada há meses, mas só pôde ser agendada após autorização expressa do ministro Alexandre de Moraes. O magistrado ressaltou que o tratamento hospitalar não representa benefício penal nem flexibilização da pena.
Cirurgia de hérnia está marcada para o dia de Natal
Ainda nesta quarta-feira, Bolsonaro passou por uma bateria de exames clínicos, laboratoriais e de imagem. A cirurgia está prevista para a manhã de quinta-feira (25), dia de Natal, e deve durar entre três e quatro horas, conforme estimativa da equipe médica responsável.
O hospital informou que boletins médicos serão divulgados diariamente, com atualizações sobre o estado de saúde e a evolução do pós-operatório. A expectativa inicial é de que o procedimento transcorra sem intercorrências, embora o período de recuperação exija observação constante.
Especialistas ouvidos reservadamente afirmam que a hérnia inguinal bilateral costuma exigir cuidados específicos no pós-operatório, especialmente em pacientes que já passaram por cirurgias abdominais anteriores, como é o caso do ex-presidente.
Internação ocorre sob forte esquema de segurança da Polícia Federal
Durante todo o período de internação, Jair Bolsonaro permanecerá sob custódia da Polícia Federal. Pelo menos dois agentes ficam posicionados de forma permanente na porta do quarto hospitalar, garantindo o cumprimento da decisão judicial.
O esquema de segurança inclui controle rigoroso de acesso, com proibição da entrada de celulares, tablets ou qualquer outro dispositivo eletrônico no quarto, exceto equipamentos médicos. A circulação de pessoas é restrita e previamente autorizada.
A PF também mantém vigilância externa no hospital para evitar aglomerações e garantir o cumprimento das regras impostas pelo STF. A orientação é evitar qualquer contato que possa ser interpretado como atividade política ou tentativa de comunicação pública.
Michelle Bolsonaro está autorizada a acompanhar a internação
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu autorização judicial para acompanhar o ex-presidente durante todo o período de internação. Segundo a decisão, a presença dela é permitida por razões humanitárias e de apoio familiar.
Já a entrada de outros familiares depende de autorização específica do STF. A defesa solicitou a liberação para que os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro pudessem visitar o pai, mas o pedido foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Na decisão, o magistrado destacou que o acompanhamento familiar deve respeitar os limites impostos pela condição de réu condenado e não pode comprometer a segurança nem o cumprimento da pena.
Tratamento não altera pena nem situação jurídica do ex-presidente
O ministro Alexandre de Moraes deixou claro que a internação hospitalar não modifica a situação jurídica de Jair Bolsonaro. A pena de 27 anos e três meses de prisão, determinada por tentativa de golpe de Estado, segue válida e em execução.
Após receber alta médica, o ex-presidente deverá retornar imediatamente ao sistema prisional, conforme previsto na decisão judicial. O tempo de internação não será convertido em benefício penal adicional.
A previsão inicial é que Bolsonaro permaneça hospitalizado entre cinco e sete dias, período considerado necessário para recuperação e acompanhamento pós-operatório. Qualquer prorrogação dependerá de novos laudos médicos e de autorização do STF.
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