O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica nesta quarta-feira (17), em Brasília, após apresentar melhora em seu estado clínico. No entanto, exames realizados durante a internação confirmaram o diagnóstico de câncer de pele em lesões removidas. O laudo apontou a presença de carcinoma de células escamosas “in situ”, exigindo acompanhamento constante e reavaliações médicas.

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Alta hospitalar e confirmação de câncer de pele

Bolsonaro deixou o hospital DF Star por volta das 13h45, acompanhado por escolta, depois de passar três dias em observação. Durante a internação, médicos removeram oito lesões de pele, sendo que duas apresentaram células cancerígenas.

De acordo com o cirurgião Claudio Birolini, responsável pelo tratamento, não será necessário iniciar quimioterapia. O especialista explicou que as lesões retiradas foram completamente eliminadas no procedimento e não há risco de reaparecimento nos mesmos pontos. Ainda assim, o ex-presidente deverá manter consultas periódicas para monitoramento, já que possui outras manchas suspeitas no tórax e nos braços.

O diagnóstico preocupa porque, apesar de ser um tipo de câncer considerado tratável quando identificado precocemente, o carcinoma de células escamosas pode evoluir caso não receba a devida atenção médica.

Melhora clínica após internação

A internação de Bolsonaro ocorreu depois que ele apresentou episódios de vômito, tontura, queda de pressão e sinais de pré-desmaio. Segundo o boletim médico, ele chegou ao hospital desidratado, com frequência cardíaca elevada e alteração nos rins.

Exames laboratoriais detectaram aumento nos níveis de creatinina, indicando disfunção renal, além de um quadro de anemia já identificado em consultas anteriores. Após tratamento com hidratação e medicação, os parâmetros clínicos melhoraram, permitindo a alta hospitalar.

O caso reforça a importância da detecção precoce e do acompanhamento de doenças renais e hematológicas, que podem ser agravadas em situações de desidratação.

O episódio que levou ao hospital

Na véspera da internação, Bolsonaro relatou sintomas intensos em casa, o que motivou sua família a levá-lo para o hospital. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) contou que o pai chegou a ficar quase dez segundos sem conseguir respirar, situação que só foi aliviada após um episódio de vômito repentino.

Segundo o parlamentar, a cena assustou a família, pois o ex-presidente demonstrava fraqueza acentuada e dificuldades para recuperar o fôlego. Michelle Bolsonaro também relatou que as crises de soluço, que vinham ocorrendo nos últimos meses, se tornaram mais fortes naquele dia, contribuindo para o agravamento do quadro.

Histórico de problemas de saúde recentes

Desde que deixou a Presidência da República, Jair Bolsonaro tem enfrentado uma série de problemas de saúde. As crises de soluços frequentes, seguidas de vômitos, são apontadas como uma das principais causas de fraqueza. Médicos consideram esse episódio como a pior crise desde sua última cirurgia abdominal.

As primeiras alterações na pele haviam sido identificadas em abril, mas apenas em setembro a biópsia foi realizada. O atraso se deveu a outras demandas médicas que precisaram ser priorizadas, segundo o médico responsável.

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