Defesa de Bolsonaro deve pedir prisão domiciliar humanitária nesta terça (9)

A defesa de Jair Bolsonaro deve protocolar nesta terça-feira (9) o pedido de prisão domiciliar humanitária ao ministro Alexandre de Moraes, alegando questões de saúde e condições de detenção.

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Última atualização:  09 de dez, 2025 às 16:18
Foto em close-up de Jair Bolsonaro. Ele está em primeiro plano, com uma expressão séria, vestindo uma camisa polo verde-escura e apresenta um curativo branco na base do pescoço. Foto: REUTERS/Mateus Bonomi/File Photo

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro deve formalizar nesta terça-feira (9) o pedido de prisão domiciliar humanitária, após nova avaliação do seu estado de saúde e das condições da cela na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A solicitação será encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelo processo em que Bolsonaro está detido. A iniciativa ocorre em meio às discussões políticas dentro do campo bolsonarista e às movimentações eleitorais estimuladas pela pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência da República.

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A defesa do ex-presidente pretende justificar o pedido de prisão domiciliar humanitária com argumentos técnicos relacionados à saúde, à idade de Bolsonaro e às condições do cárcere. De acordo com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que visitou o pai na manhã desta terça-feira, os advogados finalizaram o documento que será apresentado ainda hoje ao STF.

Durante a visita, Flávio afirmou ter encontrado Bolsonaro mais disposto e com sinais de melhora. Segundo ele, a ausência dos soluços persistentes dos últimos dias foi um indicativo positivo. O senador declarou confiar que o ministro Alexandre de Moraes avaliará o pedido com “bom senso e humanidade”, reforçando que a defesa busca garantir melhores condições ao ex-presidente enquanto o processo segue em tramitação.

Estado de saúde do ex-presidente preocupa aliados

Apesar de apontar melhora no quadro clínico, Flávio Bolsonaro destacou que o estado de saúde do pai é uma das principais razões para a solicitação do novo regime de detenção. Segundo ele, o ex-presidente tem enfrentado oscilações físicas que, na avaliação da defesa, justificariam o cumprimento da prisão em sua residência.

A equipe jurídica deve anexar laudos médicos e relatórios atualizados ao pedido, apresentando à Corte argumentos humanitários para a transferência. O entendimento preliminar da defesa é que a permanência de Bolsonaro na sede da Polícia Federal poderia agravar problemas já conhecidos, além de limitar o acompanhamento médico adequado.

Conversa sobre cenários políticos e impacto da pré-candidatura

Durante a visita, Flávio Bolsonaro aproveitou para atualizar o ex-presidente sobre o ambiente político externo. O senador afirmou ter compartilhado análises sobre o lançamento de seu nome como pré-candidato à Presidência da República, movimento que reacendeu debates internos no PL e no grupo bolsonarista.

Bolsonaro, acompanhado das notícias pela televisão instalada em sua cela, teria demonstrado confiança na estratégia adotada até o momento. Flávio relatou que o pai enviou recado afirmando que a pré-candidatura é “irreversível” e que o grupo deve continuar avançando, mesmo diante da atual situação jurídica do ex-presidente.

Militância bolsonarista reage ao anúncio político

Após dias de tensão entre apoiadores, a militância bolsonarista teria retomado o ânimo após a formalização da pré-candidatura de Flávio. Segundo o senador, o anúncio trouxe “um norte” ao grupo, que estaria angustiado com a prisão do seu principal líder político.

A defesa acredita que a eventual concessão da prisão domiciliar humanitária pode reduzir o clima de inquietação entre os apoiadores e reorganizar a atuação política do grupo para os próximos meses.

Articulação com aliados e apoio de lideranças

Flávio Bolsonaro afirmou que continuará dialogando com lideranças partidárias para fortalecer a candidatura e consolidar alianças estratégicas. Entre os nomes citados está o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, uma das principais referências políticas dentro do movimento bolsonarista.

Segundo o senador, Bolsonaro acompanhou pela televisão as declarações de Tarcísio e teria demonstrado satisfação com a manutenção do apoio e da articulação institucional do grupo.

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