A B3 confirmou mudanças importantes na carteira do Ibovespa, que entram em vigor a partir de 1º de setembro de 2025. Entre as novidades, destacam-se a inclusão das ações da Cury (CURY3) e da C&A (CEAB3), substituindo São Martinho (SMTO3) e Petz (PETZ3). A decisão reforça o caráter dinâmico do índice, que privilegia ações com maior negociabilidade e relevância no mercado financeiro brasileiro.

Inclusões e exclusões no Ibovespa: o que muda

A entrada da Cury (CURY3) na carteira do Ibovespa já era prevista por grandes instituições financeiras como BofA, BTG Pactual, Itaú BBA e XP Investimentos, enquanto a C&A (CEAB3) surpreendeu ao integrar o índice antes do prazo inicialmente estimado — os analistas do BofA projetavam sua inclusão apenas em janeiro de 2026.

Por outro lado, São Martinho (SMTO3) e Petz (PETZ3) deixam de fazer parte do índice. A movimentação segue critérios definidos pela B3, incluindo índice de negociabilidade (IN), volume de negociação e situação das empresas. Companhias em recuperação judicial ou com ações cotadas abaixo de R$ 1,00 não são elegíveis para compor a carteira teórica do Ibovespa.

O rebalanceamento do índice ocorre a cada quatro meses, garantindo que ele reflita o desempenho das ações mais líquidas e relevantes no mercado brasileiro.

Vigência da nova carteira do Ibovespa

A nova composição do índice terá 84 papéis de 81 empresas, entrando em vigor no dia 1º de setembro de 2025 e permanecendo até 31 de dezembro de 2025. Esta atualização reforça a importância do Ibovespa como referência para investidores, ETFs e fundos de ações, que acompanham a carteira para definir estratégias de investimento.

Além disso, a atualização periódica permite que o índice continue refletindo a performance das companhias mais negociadas, mantendo sua relevância como principal termômetro do mercado de ações brasileiro.

Setores com maior peso na nova carteira

Os setores de commodities e bancos permanecem como os de maior relevância na nova carteira do Ibovespa. A Vale (VALE3) lidera o índice como a ação de maior peso, seguida por Itaú Unibanco (ITUB4), Petrobras (PETR3 e PETR4) e Bradesco (BBDC4).

Novidades entre os dez papéis de maior influência incluem Itaúsa (ITSA4) e BTG Pactual (BPAC11), reforçando a presença de instituições financeiras no topo do índice. Essas empresas, somadas, representam 50% do peso total do Ibovespa, evidenciando seu impacto direto sobre a performance geral do índice.

Top 10 ações por peso no Ibovespa

EmpresaCódigoPeso (%)
Vale ONVALE311,240%
Itaú Unibanco PNITUB48,239%
Petrobras PNPETR46,431%
Petrobras ONPETR34,158%
Bradesco ONBBDC43,990%
Eletrobras ONELET33,769%
Sabesp ONSBSP33,405%
B3 ONB3SA33,131%
Itaúsa PNITSA43,073%
BTG Pactual unitsBPAC112,941%

A presença dessas ações demonstra como commodities e bancos continuam sendo pilares do índice, enquanto a entrada de empresas de varejo, como Cury e C&A, amplia a diversidade setorial.

Gostou deste conteúdo? Siga o Melhor Investimento nas redes sociais: 

Instagram | Linkedin