Os Estados Unidos devem enviar até a meia-noite desta quinta-feira (31) sua posição oficial sobre as tarifas comerciais a todos os países que ainda não assinaram um acordo comercial com o governo americano. A medida foi anunciada pela Casa Branca, que afirmou que as notificações serão feitas por carta oficial ou por decreto presidencial.

O objetivo da ação é deixar claro quais nações enfrentarão sanções tarifárias caso não firmem acordos considerados justos pelo governo americano. A iniciativa é liderada pela equipe de comércio internacional da gestão do presidente Donald Trump, que tem adotado uma postura protecionista em relação às importações.

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De acordo com Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, o governo tem mantido sua equipe comercial em operação contínua para alcançar o maior número de países possível.

“A equipe comercial tem trabalhado 24 horas para tentar estar em correspondência com a maior quantidade de países possível. Mas, se eles ainda não receberam notícias nossas, receberão na forma de carta ou de decreto até a meia-noite de hoje”, afirmou a porta-voz.

A declaração ocorreu em uma entrevista coletiva na sede do governo em Washington, onde Leavitt enfatizou a urgência e a abrangência da medida.

A ação reflete a estratégia do governo Trump de endurecer as relações comerciais com países que, na visão americana, impõem barreiras ou se beneficiam de acordos desvantajosos para os Estados Unidos.

Tarifas comerciais dos EUA: um instrumento de pressão

As tarifas comerciais dos EUA têm sido usadas como ferramenta estratégica pelo atual governo para pressionar países a negociar novos termos de comércio. O presidente Trump defende que muitos acordos anteriores colocaram os interesses americanos em segundo plano e, por isso, iniciou uma reformulação de suas relações comerciais bilaterais.

A imposição de tarifas ou ameaças de sanções tem se mostrado eficaz, segundo a Casa Branca, para forçar concessões em negociações comerciais com parceiros estratégicos. Recentemente, países como China, México e Canadá foram alvo de medidas semelhantes até concordarem em rever os termos de seus acordos com os EUA.

Esse tipo de ação também pode gerar impacto nos mercados financeiros, especialmente em setores ligados à exportação e importação.

Quais países serão impactados pelas medidas

A Casa Branca não divulgou a lista de países que ainda não receberam notificação, mas indicou que todas as nações sem acordo formalizado até o momento poderão ser impactadas pelas novas tarifas comerciais dos EUA.

A expectativa é que países com alto volume de exportação para o mercado americano, mas sem tratados de livre comércio assinados, estejam entre os principais afetados.

Especialistas em relações internacionais alertam que a decisão pode gerar retaliações comerciais e provocar tensões diplomáticas com aliados históricos. No entanto, o governo Trump parece disposto a assumir os riscos como parte de sua promessa de “America First”.

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