Quase 50 nações já se aproximaram dos Estados Unidos para discutir as novas tarifas comerciais adotadas pelo governo Trump. A movimentação foi revelada por Jamieson Greer, representante comercial norte-americano, durante uma reunião com o Comitê de Finanças do Senado nesta terça-feira (data do evento).

A intensificação dos contatos internacionais ocorre após a implementação de tarifas abrangentes pelos EUA, medida que tem repercutido globalmente. Países como Argentina, Vietnã e Israel já demonstraram interesse em negociar a redução de tarifas e barreiras não tarifárias como forma de evitar retaliações e manter o acesso ao mercado americano.

Quase 50 países buscam diálogo com os EUA após novas tarifas

Durante a reunião no Senado dos Estados Unidos, o representante comercial Jamieson Greer informou que cerca de 50 países iniciaram conversas com os EUA a respeito das novas medidas tarifárias implementadas pelo governo Trump. As negociações ainda estão em estágio inicial, mas apontam para uma reconfiguração nas relações comerciais globais, com diversos países se antecipando aos impactos das barreiras impostas por Washington.

As tarifas fazem parte de uma estratégia mais ampla da administração Trump para combater o déficit comercial crônico dos Estados Unidos, que já dura mais de três décadas. A medida também busca pressionar parceiros comerciais a adotarem políticas mais equilibradas e transparentes.

Estratégia de Trump impulsiona renegociações globais

As novas tarifas americanas, que atingem diversos setores e países, provocaram reação imediata de aliados e parceiros comerciais, gerando uma onda de solicitações para reavaliação de acordos e condições tarifárias. Segundo Greer, nações como Argentina, Vietnã e Israel já indicaram de forma explícita a intenção de revisar suas tarifas e eliminar barreiras não tarifárias como contrapartida.

Essa abertura é vista com bons olhos por Greer, que classifica a movimentação como “um passo positivo” na busca por maior equilíbrio nas trocas comerciais. Ele destaca que essas conversas são sinais iniciais de que as tarifas impostas estão surtindo efeito e estimulando a revisão de políticas comerciais consideradas prejudiciais aos interesses americanos.

Medidas não têm efeito imediato, diz representante dos EUA

Apesar do otimismo com a resposta de diversos países, Greer reconheceu que os efeitos práticos não serão sentidos de imediato. Em sua declaração ao Comitê, o representante reforçou que a redução do déficit comercial norte-americano é um processo de longo prazo e que os atuais avanços representam apenas os primeiros passos.

“A correção de desequilíbrios históricos na balança comercial dos EUA não se dará de forma instantânea. Ainda há muito trabalho pela frente”, afirmou.

A fala de Greer demonstra que, embora a postura mais assertiva do governo Trump tenha causado desconforto internacional, ela também abriu caminhos para um novo ciclo de negociações comerciais multilaterais.