Fim do ciclo da alta da Selic: o que muda para os investidores?
O fim do ciclo da alta da Selic está próximo, segundo analistas da XP, abrindo um cenário mais favorável para investimentos na Bolsa de Valores.
Fim do ciclo da alta da Selic o que muda para os investidores
O fim do ciclo da alta da Selic está próximo. Segundo analistas da XP Investimentos, e esse novo cenário pode representar uma grande oportunidade para investidores na Bolsa de Valores. Com a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha ou faça um pequeno aumento na taxa, especialistas acompanham atentamente os desdobramentos. Eles apontam que a fase de elevação dos juros pode estar chegando ao fim. Esse cenário abre espaço para um ambiente econômico mais favorável à renda variável.
Por que o fim do ciclo da alta da Selic é importante?
Desde o início do ano, o mercado financeiro acompanhava uma série de aumentos da taxa Selic, que alcançou o patamar de 14,75% ao ano. Esse movimento foi adotado pelo Banco Central para tentar conter a alta da inflação. No entanto, conforme o estrategista de renda variável da XP, Raphael Figueredo, o cenário econômico mudou significativamente.
“No passado recente, víamos a inflação subindo e os juros também, um regime difícil para investidores”, explicou Raphael em entrevista recente. Agora, segundo ele, o Brasil entrou em um novo regime onde a inflação continua elevada, mas as taxas de juros começam a cair. Essa mudança é crucial porque indica que o pior período para investimentos pode estar ficando para trás.
Como o fim do ciclo da alta da Selic afeta o mercado?
A taxa Selic é a principal referência para o custo do dinheiro no país. Além disso, ela impacta diretamente diversos setores da economia, incluindo o mercado de ações. Quando os juros sobem, o custo de financiamento aumenta, portanto, os investimentos em renda fixa ficam mais atraentes. Como consequência, isso reduz o apetite por ativos mais arriscados, como ações.
Com o fim do ciclo da alta da Selic, o mercado deve entrar em uma fase em que as taxas de juros tendem a cair, favorecendo a bolsa de valores. Segundo estudos da XP, em cenários com inflação alta e juros em queda, o índice Ibovespa apresenta retornos positivos em cerca de 62,5% dos casos, um sinal claro de oportunidade para investidores.
Esse novo momento também tende a favorecer ações de empresas com baixo risco e alto valor, incluindo instituições financeiras e o setor de varejo, que costumam apresentar bons desempenhos em ciclos de queda dos juros.