Nesta quinta-feira (5), em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo direto ao presidente da França, Emmanuel Macron, para que apoie o avanço do acordo entre Mercosul e União Europeia. Lula destacou a importância do entendimento entre os blocos econômicos como uma resposta estratégica diante do cenário global atual, marcado pelo retorno do unilateralismo e protecionismo tarifário.

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Compromisso de Lula com a conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia

Durante sua visita à França, Lula lembrou que o Brasil assumirá a presidência rotativa do Mercosul no próximo semestre, com mandato previsto para durar seis meses. Ele deixou claro que seu principal objetivo será concluir as negociações do acordo com a União Europeia antes do término desse período.

“Quero lhe comunicar que não deixarei a presidência do Mercosul sem concluir o acordo com a União Europeia”, afirmou Lula, dirigindo-se diretamente a Macron. O presidente brasileiro enfatizou a urgência e relevância do tratado para as economias das duas regiões, que se beneficiariam mutuamente em um contexto internacional cada vez mais incerto.

Encontro em Paris reforça laços e diálogo entre Brasil e França

A reunião entre Lula e Macron também foi marcada por agradecimentos e demonstrações de amizade. Lula expressou sua gratidão pela hospitalidade francesa, dizendo que a acolhida oferecida foi digna de um “grande amigo”.

Esse encontro reforça a importância do diálogo entre Brasil e França, dois países que têm papel relevante dentro dos seus respectivos blocos regionais, Mercosul e União Europeia. A aproximação é vista como um passo importante para destravar o acordo comercial que já se arrasta por anos.

Por que o acordo entre Mercosul e União Europeia é tão importante?

O acordo entre Mercosul e União Europeia é um dos maiores tratados comerciais bilaterais do mundo, envolvendo dois blocos econômicos que juntos representam cerca de 780 milhões de consumidores e mais de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) global. A parceria deve facilitar o comércio, reduzir tarifas e abrir mercados, fortalecendo a economia de países como Brasil, Argentina, França, Alemanha e outros.

Lula destacou que este acordo é a “melhor resposta” que as regiões podem dar diante das incertezas geradas pelo unilateralismo e protecionismo, que têm ameaçado a estabilidade do comércio internacional. Para ele, o pacto é fundamental para promover desenvolvimento econômico, geração de empregos e integração regional.