Marco Rubio adota postura implacável como secretário de Estado e fortalece ala trumpista
Marco Rubio, secretário de Estado interino dos EUA, fortaleceu uma postura rígida na política externa ao revogar vistos de autoridades estrangeiras e aplicar sanções com base na Lei Magnitsky.

Marco Rubio, secretário de Estado interino dos Estados Unidos, tem se destacado por sua linha dura em decisões que impactam a política externa americana, especialmente na revogação de vistos de autoridades estrangeiras. Com uma postura mais firme e alinhada à direita MAGA, Rubio vem adotando medidas rigorosas para proteger os interesses americanos, o que inclui a possível aplicação da Lei Magnitsky contra o juiz brasileiro Alexandre de Moraes. Neste cenário, sua trajetória política e influência ganham novos contornos, levantando debates intensos entre democratas e republicanos.
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Marco Rubio e a linha inflexível na política externa americana
Marco Rubio, que já teve um perfil mais moderado durante seu mandato como senador, mudou radicalmente sua postura desde que assumiu o cargo de secretário de Estado interino em 2025. Uma das ações mais emblemáticas foi a revogação de vistos de autoridades estrangeiras consideradas como ameaças aos direitos dos cidadãos americanos. Essa medida representa um passo significativo além do cancelamento de vistos para estudantes estrangeiros envolvidos em protestos violentos contra Israel, mostrando a determinação do governo em agir contra quem, segundo eles, tenta minar a democracia americana.
A decisão de aplicar a Lei Magnitsky, uma ferramenta que permite sanções contra indivíduos envolvidos em violações de direitos humanos, contra o juiz brasileiro Alexandre de Moraes, também ilustra essa nova linha inflexível. Rubio destacou em suas declarações que “estrangeiros que atuam para minar os direitos dos americanos não devem ter o privilégio de viajar para o nosso país”, reforçando a defesa rigorosa da soberania americana.
Apoio da direita MAGA e o impacto político interno
O endurecimento de Marco Rubio agrada especialmente a ala MAGA do Partido Republicano, que busca uma postura mais agressiva em relação a questões migratórias e diplomáticas. Para essa base, Rubio representa um candidato presidencial forte, que incorpora o espírito das políticas de Donald Trump. Esse alinhamento, no entanto, gera críticas de democratas e setores mais moderados, que o acusam de abandonar princípios e convicções anteriores em troca de ascensão política.
O ex-senador Chris Van Hollen, por exemplo, questionou Rubio sobre a deportação de um salvadorenho que estava sob sua supervisão, ao que Rubio respondeu com firmeza que o governo não tolera integrantes de gangues em solo americano. O embate demonstra a polarização que acompanha a atuação do secretário de Estado.
A transformação de Marco Rubio: de diplomata moderado a executor implacável
A trajetória política de Marco Rubio revela uma evolução significativa. Em 2016, durante a corrida presidencial republicana, ele possuía uma imagem mais conciliadora, defendendo até acordos para a cidadania de imigrantes e políticas mais abertas. Porém, o contexto atual, com o aumento da migração sob o governo Biden e a pressão da opinião pública, levou Rubio a adotar uma postura mais dura.
Essa mudança também reflete uma transformação cultural dentro do Partido Republicano, com muitos representantes adotando discursos e ações inspirados na revolução promovida por Donald Trump. O próprio Rubio, que já enfrentou críticas do ex-presidente e ganhou o apelido depreciativo de “Little Marco”, hoje tem uma presença marcante no governo, acumulando funções importantes que reforçam sua influência.