Megainvestidores no 1T25: As escolhas de Buffett, Soros e Druckenmiller
No primeiro trimestre de 2025, megainvestidores como Warren Buffett, Stanley Druckenmiller e George Soros ajustaram seus portfólios com estratégias diversas, refletindo o cenário de tensões comerciais globais.

No primeiro trimestre de 2025, as ações escolhidas por megainvestidores no 1º tri revelaram estratégias variadas e decisões estratégicas diante do cenário global. Grandes nomes do mercado financeiro, como Warren Buffett, Stanley Druckenmiller e George Soros, ajustaram significativamente seus portfólios antes do aumento das tensões comerciais internacionais causadas pelas tarifas recíprocas anunciadas pelo governo dos EUA em abril. Acompanhe a seguir as principais movimentações e o que motivou essas escolhas.
Leia também: os maiores investidores do mundo
Estratégias distintas e apostas relevantes: ações escolhidas por megainvestidores no 1º tri
Os megainvestidores internacionais apresentaram movimentos bastante distintos no primeiro trimestre. Apesar de algumas convergências pontuais, as ações escolhidas por megainvestidores no 1º tri refletem diferentes visões sobre setores estratégicos, riscos geopolíticos e oportunidades emergentes. As informações foram divulgadas por documentos regulatórios oficiais, que detalham as principais posições e alterações nos fundos de investimento.
Warren Buffett mantém aposta em tecnologia e bebidas alcoólicas
A Berkshire Hathaway, fundo de Warren Buffett, realizou mudanças importantes em seu portfólio. A venda completa das ações do Nubank (ROXO34) e do Citigroup (CTGP34), além da redução significativa na participação do Bank of America (BOAC34), indicam uma realocação estratégica. Por outro lado, Buffett dobrou seu investimento na Constellation Brands (C1ST34), empresa de bebidas alcoólicas, e manteve sua principal aposta na Apple (AAPL34), considerada um ativo sólido e confiável. Além disso, a Berkshire pediu confidencialidade para uma nova posição de grande valor, que pode ultrapassar US$ 1 bilhão.
Stanley Druckenmiller reforça semicondutores e corta setor aéreo
Stanley Druckenmiller, através do Duquesne Family Office, optou por reduzir exposição em gigantes como Alphabet (GOGL34), Amazon (AMZO34) e Tesla (TSLA34). Em contrapartida, aumentou significativamente posições em Taiwan Semiconductor (TSMC34), que é uma referência global em fabricação de chips, e Coupang (CPNG34), uma das maiores plataformas de e-commerce da Coreia do Sul. Druckenmiller também cortou investimentos no setor aéreo, vendendo ações e encerrando posições ligadas a companhias como American Airlines (AALL34), Delta (DEAI34) e United Airlines (U1AL34).
George Soros aposta em tecnologia e inovação espacial
A Soros Fund Management abriu posições estratégicas em Nvidia (NVDC34) e AST SpaceMobile, empresa que trabalha no desenvolvimento de uma rede de satélites para conectar celulares diretamente à internet, competindo com a SpaceX. Soros também ampliou investimentos em setores tradicionais e emergentes, como Amazon, FedEx, First Solar e UnitedHealth. Porém, decidiu se desfazer de ações da Taiwan Semiconductor (TSMC34), Airbnb e Alibaba, mostrando uma visão seletiva sobre mercados tecnológicos e de consumo.
Bill Ackman e Michael Burry: apostas e proteção
Bill Ackman, da Pershing Square, iniciou uma posição relevante em Uber (U1BE34), que se tornou a maior do seu portfólio, respondendo por 19%. Ackman também reforçou investimentos em Hertz, Brookfield e na classe A da Alphabet, enquanto reduziu exposição em outras companhias como Hilton e Chipotle.
Já Michael Burry, conhecido por suas apostas contra bolhas do mercado, adotou uma estratégia defensiva. Ele praticamente zerou seu portfólio em ações e comprou opções de venda contra empresas como Nvidia, Alibaba, Baidu e JD.com. A única ação mantida foi Estee Lauder, cuja posição foi dobrada. Esse movimento pode ser interpretado como uma proteção antecipada diante do aumento das tarifas comerciais globais.
Por que as ações escolhidas por megainvestidores no 1º tri são tão importantes?
Entender as ações escolhidas por megainvestidores no 1º tri oferece um panorama valioso do sentimento do mercado e das tendências globais. Esses gestores lidam com bilhões em ativos e suas decisões são pautadas em análises profundas de risco e retorno. As movimentações refletem a adaptação ao cenário de incertezas comerciais, avanços tecnológicos e mudanças nos hábitos de consumo.