A famigerada “Super-Quarta”, marcada para o dia 7 de maio, se aproxima. O momento em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil divulgará sua decisão sobre a taxa Selic. Essa data coincide com a reunião do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, aumentando a atenção dos mercados financeiros.

Projeções para a próxima taxa Selic

Atualmente, a taxa Selic está em 14,25% ao ano, após um aumento de 1 ponto percentual na reunião de março. Analistas do C6 Bank projetam um novo aumento de 0,50 ponto percentual, elevando a taxa para 14,75% ao ano. Essa projeção considera a continuidade do ciclo de ajustes na política monetária para conter a inflação persistente.

Segundo pesquisa da Reuters realizada entre 10 e 13 de março, 20 de 22 economistas consultados esperam um novo aumento na reunião de maio. Entre eles, 12 preveem um ajuste de 0,50 ponto percentual, sete estimam um aumento de 0,75 ponto percentual e um projeta uma elevação de 1 ponto percentual.

A mediana das projeções indica que a Selic pode atingir 15,25% no terceiro trimestre de 2025, antes de iniciar uma trajetória de queda gradual, encerrando o ano em 15,00% e chegando a 12,50% em 2026 .

O cenário econômico atual apresenta uma inflação de 5,06% no último mês, a mais alta em mais de um ano. O Banco Central, sob a liderança do presidente Gabriel Galípolo, mantém uma postura cautelosa diante das incertezas econômicas, tanto internas quanto externas. A expectativa é que o comunicado do Copom não forneça orientações claras sobre os próximos passos da política monetária, refletindo a complexidade do ambiente econômico atual.

A reunião do Fed no mesmo dia adiciona uma camada extra de incerteza, pois decisões sobre a taxa de juros nos Estados Unidos podem influenciar os mercados globais e, consequentemente, as decisões de política monetária no Brasil.

Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.