A Petrobras (PETR4) deu um passo decisivo rumo à exploração de petróleo na margem equatorial brasileira. A empresa recebeu uma licença da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amapá para operar uma Unidade de Atendimento e Reabilitação de Fauna no município de Oiapoque, estrutura considerada essencial para obter o aval definitivo do Ibama para atuar no litoral do estado.

A medida representa um avanço relevante nas negociações para explorar o bloco FZA-M-59, localizado na foz do rio Amazonas. A expectativa da Petrobras (PETR4) é que a inspeção técnica do Ibama — última etapa antes da liberação das atividades — ocorra a partir da próxima segunda-feira, dia 7 de abril.

Licença estadual é passo-chave para operação da Petrobras (PETR4) no Amapá

A instalação da unidade de fauna no Amapá atende a uma exigência específica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para viabilizar a perfuração de poços exploratórios na região costeira do estado.

A Petrobras (PETR4) já havia construído uma unidade semelhante em Belém, no Pará, mas o órgão ambiental avaliou que a distância entre a capital paraense e a área de exploração marítima era grande demais para garantir uma resposta ágil a eventuais incidentes ambientais, como vazamentos de óleo. Por isso, a companhia instalou uma segunda estrutura em Oiapoque, bem mais próxima da área de interesse.

Segundo a estatal, as duas unidades funcionarão em sinergia, oferecendo suporte mútuo para o resgate e tratamento de animais marinhos, aves, tartarugas e outros seres vivos que possam ser afetados pelas operações offshore.

Unidade de fauna no Oiapoque amplia segurança ambiental da exploração

A nova unidade de atendimento da Petrobras (PETR4) no Amapá foi planejada como um centro completo de suporte à fauna. A estrutura conta com ambulatório, salas de estabilização, centro cirúrgico, área de triagem e espaços específicos para diferentes tipos de animais — como mamíferos marinhos, tartarugas, peixes-boi e aves.

A companhia destaca que essa iniciativa está alinhada com os mais altos padrões ambientais e reforça seu compromisso com a preservação da biodiversidade. A expectativa é que, com a unidade em funcionamento, o Ibama finalize a análise e autorize as operações no bloco FZA-M-59 — considerado estratégico para ampliar a produção de petróleo da empresa na chamada margem equatorial.

A margem equatorial é vista como a nova fronteira do petróleo brasileiro, com potencial semelhante ao do pré-sal. A região, que abrange desde o Amapá até o Rio Grande do Norte, tem despertado o interesse da indústria global de energia devido às suas características geológicas promissoras.

Petrobras (PETR4) aguarda vistoria do Ibama para dar início às perfurações

A licença emitida pelo governo do Amapá é apenas uma das etapas do processo regulatório. Para que a Petrobras (PETR4) possa de fato iniciar as perfurações na bacia da foz do Amazonas, ainda é necessário que o Ibama realize uma vistoria técnica na nova unidade de fauna e aprove sua operação.

A estatal informou, por meio de nota, que a inspeção pode ocorrer a partir do dia 7 de abril. A expectativa do mercado é grande, já que a exploração dessa área vem sendo adiada desde 2023, em meio a embates ambientais e exigências regulatórias.

Enquanto isso, a Petrobras segue investindo em estrutura e em ações de monitoramento ambiental para garantir que todos os requisitos técnicos e legais sejam atendidos.

Bloco FZA-M-59 e o potencial da margem equatorial

O bloco FZA-M-59, onde a Petrobras (PETR4) deseja atuar, está localizado em uma área sensível do ponto de vista ambiental, próxima à foz do rio Amazonas. Justamente por isso, os trâmites para liberação das atividades têm sido conduzidos com cautela por parte dos órgãos ambientais.

Com potencial para ampliar as reservas nacionais de petróleo, a margem equatorial é considerada estratégica para o plano de crescimento da Petrobras (PETR4) nos próximos anos. A empresa espera repetir, na região, o sucesso obtido com o pré-sal, que hoje responde por grande parte da produção nacional de óleo e gás.