O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira (2) um amplo pacote de aumento de tarifas de importação. A medida, apelidada de “tarifaço”, pode gerar inflação e desaceleração econômica não apenas nos EUA, mas em diversos países ao redor do mundo.

A decisão marca um dos movimentos mais protecionistas da história recente e tem gerado forte reação no dólar, nas bolsas internacionais e no Ibovespa.

Impacto econômico das medidas protecionistas

O pacote tarifário de Trump tem potencial de elevar significativamente o custo dos produtos importados nos Estados Unidos, pressionando os preços internos e aumentando a inflação.

Com o encarecimento dos bens estrangeiros, a população americana poderá ver uma redução no consumo, o que pode desacelerar a economia do país.

Organizações internacionais já alertam para os impactos negativos da medida. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou sua projeção de crescimento global para 2025, reduzindo a estimativa em 0,2%, além de elevar sua previsão de inflação para os países do G20 em 0,3%. Se Trump decidir aumentar as tarifas em 10% sobre todas as importações, a economia global pode perder 0,3% do PIB nos próximos três anos.

O que prevê o pacote de Tarifas de Trump

  • Tarifas recíprocas: o governo americano pode ajustar suas taxas de importação para igualar as praticadas por outros países. No caso do Brasil, as tarifas de 3% dos EUA poderiam subir para 11%, tornando produtos brasileiros menos competitivos no mercado americano.
  • Tarifa geral de 20%: uma taxa única pode ser imposta a todos os produtos importados, o que, segundo estimativas da administração Trump, poderia arrecadar até US$ 6 trilhões por ano. Especialistas, no entanto, contestam essa projeção, já que o volume de importações deve cair diante do aumento de preços.
  • Tarifas setoriais: Trump pode escolher setores estratégicos para aplicação de tarifas adicionais, como já

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Julia Peres

Redatora do Melhor Investimento.