Financiamento imobiliário: conheça os 6 modelos mais usados no Brasil
Conheça os principais tipos de financiamento imobiliário no Brasil e escolha a melhor opção para adquirir sua casa própria

O financiamento imobiliário é uma das formas mais populares de adquirir um imóvel no Brasil. Com o passar dos anos, os preços das casas e apartamentos aumentaram, e a opção de parcelar o valor total do imóvel passou a ser a solução mais viável para a maioria dos brasileiros.
Porém, escolher a modalidade de financiamento que atenda as suas necessidades é um grande desafio, já que há diversas opções disponíveis no mercado.
Neste artigo, a equipe do portal Melhor Investimento vai apresentar os principais tipos de financiamento imobiliário no Brasil e suas características. Após a leitura, você saberá qual opção se encaixa melhor no seu perfil.
Quais são os principais tipos de financiamento imobiliário?
Atualmente, no Brasil, os tipos de financiamento imobiliário mais populares são:
- Minha Casa Minha Vida (antigo Casa Verde e Amarela)
- Financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH)
- Financiamento pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI)
- Carta de crédito de consórcio imobiliário
- Financiamento direto com a construtora
- Financiamento direto com o banco
De acordo com o Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP), foram financiados 51,6 mil imóveis em dezembro de 2024. Em comparação a novembro, houve um crescimento de 9,6% e, em relação a dezembro de 2023, um aumento de 7,5%.
Em 2024, mais de 500 mil imóveis foram financiados no Brasil, o que comprova a popularidade e reforça a importância do financiamento como meio de acesso à casa própria.

A seguir, vamos explorar os detalhes de cada um dos principais tipos de financiamento imobiliário, para que você entenda qual a melhor opção para adquirir a sua casa própria.
1. Minha Casa Minha Vida (antigo Casa Verde e Amarela)

O Minha Casa Minha Vida, voltado para famílias de baixa e média renda, é o modelo de financiamento imobiliário mais conhecido no Brasil. Criado em 2009, o programa foi substituído pelo Casa Verde e Amarela durante o governo Bolsonaro e, posteriormente, retomou o nome original.
O MCMV se popularizou por oferecer condições especiais, como juros reduzidos, subsídios do governo e prazos de pagamento estendidos, visando facilitar o processo da compra da casa própria. Além disso, o financiamento pode ser feito pelo FGTS, facilitando ainda mais a aquisição do imóvel.
Quem tem direito?
As condições e critérios variam conforme a faixa de renda da família, com opções de financiamento para quem ganha até R$ 8.000 por mês e atenda os seguintes requisitos:
- Não ter imóvel próprio.
- Não ter sido beneficiado por outros programas habitacionais do governo.
- Morar ou trabalhar na cidade onde pretende comprar o imóvel.
O programa pode ser utilizado tanto por quem deseja comprar um imóvel pronto quanto quem pretende construir.
Subsídio habitacional do Minha Casa Minha Vida
O O subsídio habitacional do Minha Casa Minha Vida tem como objetivo reduzir o valor das prestações do financiamento, tornando a compra da casa própria mais acessível para famílias de baixa renda.
Esse subsídio funciona como um desconto direto no valor do imóvel, reduzindo o montante total a ser financiado. Por exemplo, se um imóvel custa R$ 200 mil e o comprador recebe um subsídio de R$ 20 mil, ele precisará financiar apenas R$ 180 mil, o que diminui o valor das parcelas e facilita o pagamento.
Quem pode soliciar o subsídio?
Para ter acesso ao subsídio do Minha Casa Minha Vida, é necessário se enquadrar em uma das faixas de renda definidas pelo programa:
- Faixa 1: Famílias com renda mensal de até R$ 2.850.
- Faixa 2: Famílias com renda mensal entre R$ 2.850,01 e R$ 4.700.
Para mais detalhes sobre como solicitar o subsídio, acesse www.caixa.gov.br, procure pela seção de financiamentos habitacionais e escolha a opção para Minha Casa Minha Vida.
2. Financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH)

Criado em 1964, o Financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação visa facilitar o acesso à habitação a população, com o uso de recursos do FGTS e taxas de juros reduzidas. Em toda a história do SFH, este órgão desempenhou papel decisivo como elo de ligação entre os empresários privados e o governo.
Quais são as regras do SFG?
O Sistema Financeiro de Habitação permite o financiamento para imóveis residenciais de até R$ 1.500.000,00. Para imóveis comerciais ou de valor superior, o financiamento só será possível através do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
Posso usar o meu FGTS para financiar um imóvel?
Sim, é possível utilizar o FGTS na compra do imóvel pelo SFH, o que pode reduzir o valor financiado e, consequentemente, diminuir o valor das parcelas.
Além desse benefício, o SFH oferece taxas de juros mais baixas, especialmente quando comparado a outras modalidades de financiamento, variando entre 7% e 10% ao ano, dependendo do perfil de crédito do comprador e das condições oferecidas pelo banco escolhido.
Perfil de comprador ideal para esse modelo
O SFH é indicado para quem deseja financiar imóveis de menor valor, com um limite de até R$ 1.500.000,00. Esse modelo é ideal para quem busca condições mais acessíveis, especialmente por oferecer taxas de juros mais baixas em comparação com outras modalidades de financiamento.
3. Financiamento pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI)

O SFI é um sistema complementar ao SFH e permite que pessoas adquiram imóveis de valor superior a R$ 1.500.000,00 ou imóveis comerciais.
Diferenças entre SFH e SFI
A principal diferença entre o SFH e o SFI é o valor financiado. Enquanto o SFH tem um limite de R$ 1.500.000,00 para imóveis residenciais, o SFI não possui esse limite, permitindo o financiamento de imóveis mais caros. Além disso, outra diferença é que no SFI, não há a possibilidade de utilizar o FGTS.
Quem pode utilizar o Sistema de Financiamento Imobiliário?
O SFI é voltado para pessoas que buscam imóveis de maior valor ou comerciais. Não há restrição quanto à renda do comprador, mas as condições de financiamento variam bastante entre as instituições financeiras.
Como se inscrever no SFI?
Para se inscrever no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), o processo é diferente do Minha Casa Minha Vida, já que o SFI não é um programa habitacional específico, mas sim um sistema utilizado por bancos para financiar imóveis. Portanto, o SFI não exige inscrições em órgãos públicos, mas sim a solicitação do financiamento diretamente nos bancos que operam nesse sistema.
Passo a passo para solicitar um financiamento pelo SFI:
1. Escolha um banco ou instituição financeira
O SFI é operado por várias instituições financeiras, mas os bancos privados (como Bradesco, Itaú, Santander, etc.) e a Caixa Econômica Federal são alguns dos principais que oferecem essa modalidade de financiamento. Cada banco pode ter diferentes condições e requisitos, então é importante pesquisar qual oferece as melhores taxas e prazos para o seu perfil.
2. Consulte a documentação necessária
- RG e CPF
- Comprovante de renda (holerite, declaração de imposto de renda ou extrato bancário)
- Comprovante de residência (conta de luz, água, telefone, etc.)
- Carteira de trabalho (para trabalhadores formais)
- Certidão de nascimento ou casamento
- Certidão de imóvel (se já possuir algum imóvel registrado)
3. Faça uma simulação do financiamento
A maioria dos bancos oferece simuladores online em seus sites. Você pode calcular as condições do financiamento com base no valor do imóvel, a quantidade de parcelas, a taxa de juros e o valor de entrada.
Sites para simulação:
- Caixa Econômica Federal: Simulador de Crédito Caixa
- Bradesco: Simulador de Financiamento Bradesco
- Itaú: Simulador de Crédito Imobiliário Itaú
4. Solicite o financiamento na agência do banco escolhido
Depois de fazer a simulação e entender as condições, você deve ir até uma agência bancária do banco escolhido e formalizar a solicitação. O banco realizará uma análise de crédito e avaliação do imóvel (para garantir que ele esteja em boas condições para servir como garantia do financiamento).
5. Aprovando o crédito
Caso o financiamento seja aprovado, o banco encaminha para a assinatura do contrato de financiamento. Após a assinatura, o banco libera o valor do financiamento, e você começa a pagar as parcelas conforme acordado.
4. Carta de crédito de consórcio imobiliário

O consórcio imobiliário é uma alternativa para quem não tem pressa em adquirir o imóvel, mas deseja realizar a compra de maneira planejada, sem pagar juros elevados. Ele funciona como uma espécie de poupança coletiva, onde um grupo de pessoas paga mensalidades e, periodicamente, é sorteado para utilizar o crédito.
Como funciona o consórcio para imóveis
No consórcio imobiliário, o participante paga parcelas mensais de um valor determinado até que seja sorteado e tenha direito ao crédito. A carta de crédito adquirida pode ser utilizada para a compra do imóvel desejado. Caso não seja sorteado, o consorciado pode utilizar o crédito ao final do prazo de pagamento.
Vantagens e desvantagens em relação ao financiamento tradicional
A principal vantagem do consórcio é a ausência de juros, apenas taxas administrativas. Contudo, como o imóvel é adquirido somente após o sorteio ou o encerramento do grupo, pode haver uma espera considerável, o que pode ser uma desvantagem para quem precisa do imóvel de forma urgente.
- Leia em detalhes no artigo: O que é carta de crédito? veja os principais tipos e como funciona
5. Financiamento direto com a construtora

Algumas construtoras (Direcional, Tenda, MRV e etc), oferecem financiamentos diretos, ou seja, o comprador financia o imóvel diretamente com a empresa responsável pela obra, sem a intermediação de bancos.
Como funciona essa modalidade
O financiamento direto com a construtora pode ser feito em parcelas durante a obra e, após a entrega do imóvel, o comprador assume o financiamento com condições acordadas diretamente com a construtora. As taxas de juros podem ser mais flexíveis e negociadas diretamente.
Principais vantagens e riscos
A vantagem desse modelo é a possibilidade de um parcelamento mais flexível, além da negociação direta com a construtora. O risco, no entanto, está na falta de regulação e proteção dos compradores, já que não há uma entidade externa para fiscalizar o processo.
6. Financiamento direto com o Banco

Nesse modelo, as instituições financeiras oferecem crédito para o comprador, que paga o valor do imóvel em parcelas mensais, com taxas de juros e prazos variados.
Para solicitar um financiamento via banco, é necessário apresentar a documentação exigida e passar por uma análise de crédito. Além disso, a escolha do banco é fundamental, pois cada instituição pode oferecer condições diferentes de financiamento, incluindo taxas de juros, prazos de pagamento e exigências de entrada.
Como escolher o tipo ideal de financiamento
Escolher o modelo de financiamento ideal é uma decisão crucial para a compra de um imóvel, pois influencia o valor final pago. Antes de optar por uma modalidade, é importante compreender as especificidades de cada tipo de financiamento, considerando aspectos como taxa de juros, prazos de pagamento, limites de financiamento e condições de pagamento.
Dicas para escolher o melhor tipo de financiamento
- Compare as condições oferecidas por diferentes bancos e construtoras.
- Avalie se a parcela do financiamento cabe no seu orçamento.
- Considere utilizar o FGTS, se possível, para reduzir o valor financiado.
- Planeje a longo prazo e tenha disciplina financeira.
Conclusão
Principais tipos de financiamento imobiliário
O financiamento imobiliário oferece diversas opções, como o SFH, SFI, financiamento via banco, via construtora e consórcios. Cada modalidade tem suas características e pode ser mais adequada dependendo do perfil do comprador e do tipo de imóvel que ele deseja adquirir.
A importância do planejamento financeiro antes de tomar a decisão
Antes de optar por qualquer modalidade de financiamento, é fundamental realizar um planejamento financeiro detalhado para garantir que a escolha seja vantajosa no longo prazo e não comprometa a sua saúde financeira.
- Veja também: 22 ideias de como fazer renda extra em 2025
Recomendações para quem deseja financiar um imóvel com segurança
Pesquise bem, compare as condições e tenha cuidado ao assinar qualquer contrato de financiamento.
É possível financiar 100% do valor do imóvel?
Em algumas situações, é possível financiar até 100% do valor do imóvel, mas isso depende do perfil do comprador e da avaliação de crédito.
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