FED mantém taxa de juros e adota cautela diante de Trump
A decisão, amplamente antecipada pelo mercado, foi aprovada por unanimidade pelos membros do Fomc.

O Federal Reserve (FED) decidiu manter a taxa de juros na faixa entre 4,25% e 4,50% ao término de sua última reunião de política monetária, realizada na quarta-feira (29). A decisão, amplamente esperada pelo mercado, foi tomada de forma unânime pelos integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que avaliaram os últimos indicadores econômicos antes de adotar a medida.
Apesar da manutenção dos juros, o foco dos investidores e analistas agora recai sobre a postura do banco central dos Estados Unidos diante das primeiras iniciativas do presidente Donald Trump. Suas políticas econômicas, que incluem restrições à imigração e aumento das tarifas de importação, podem influenciar significativamente o cenário financeiro nos próximos meses.
Inflação e perspectivas
Nos últimos meses, os índices de inflação apresentaram sinais de estabilização, levando o Fed a revisar sua comunicação sobre o tema. Em sua declaração mais recente, a instituição afirmou que a inflação tem avançado em direção à meta de 2%, mas ponderou que os preços ainda seguem elevados.
As autoridades monetárias do Fed demonstraram confiança de que a trajetória de redução da inflação será retomada ao longo do ano. Entretanto, decidiram adotar uma postura mais cautelosa, mantendo as taxas no patamar atual enquanto monitoram a evolução dos dados econômicos.
Em nota oficial, o Fomc destacou que “a atividade econômica continua em expansão a um ritmo sólido”, com a taxa de desemprego estabilizada em um nível historicamente baixo. O comitê reiterou que futuras decisões sobre juros dependerão de uma análise detalhada dos dados e dos riscos envolvidos.
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Papel de Trump na política monetária
As recentes declarações do presidente Donald Trump também adicionam um novo elemento de incerteza ao cenário econômico. Em um encontro com líderes empresariais globais, Trump indicou que pretende pressionar o Federal Reserve para reduzir os juros, argumentando que a medida estimularia ainda mais o crescimento da economia norte-americana.
A forma como o governo conduzirá suas políticas fiscais e comerciais será determinante para os próximos passos do Fed. A inflação, que atingiu seu maior patamar em 40 anos durante 2022, já recuou significativamente, mas ainda permanece ligeiramente acima da meta estipulada pelo banco central.
Diante desse panorama, o Federal Reserve evita antecipar qualquer mudança brusca em sua estratégia, aguardando dados concretos que confirmem a necessidade de ajustes na taxa de juros. O mercado segue atento aos desdobramentos, ciente de que a relação entre a política econômica da Casa Branca e a atuação do Fed poderá definir o rumo da economia dos Estados Unidos nos próximos meses.
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