Boulos pede chance a eleitores de Marçal: “O candidato da mudança sou eu”
Guilherme Boulos, candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, pediu apoio aos eleitores de Pablo Marçal em uma sabatina online, destacando-se como o verdadeiro representante da mudança.

Durante uma sabatina online promovida pelo influenciador Pablo Marçal, o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, fez um apelo emocional aos eleitores que apoiaram Marçal no primeiro turno das eleições. Boulos destacou a importância de dar uma chance ao seu projeto político, afirmando que é o verdadeiro representante da mudança que muitos buscam. “Quem votou em Marçal acreditava na mudança. O candidato da mudança no segundo turno sou eu”, declarou Boulos.
A sabatina aconteceu no dia 25 de outubro de 2024, e Boulos participou do evento virtual, onde teve a oportunidade de interagir diretamente com Marçal, que ficou em uma posição delicada após sua derrota no primeiro turno. Durante a conversa, Marçal revelou que não votaria em nenhum dos candidatos que se apresentam no segundo turno, o que gerou uma discussão acalorada entre os participantes.
Boulos não poupou críticas ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), descrevendo-o como “covarde” e chamando a atenção para a necessidade de um governo forte e decidido. “Do Ricardo Nunes, a gente já sabe o que vai sair. Muita gente diz que o prefeito é inofensivo. Nunes não é inofensivo”, afirmou o candidato. Ele fez uma analogia com a situação no Rio de Janeiro, mencionando o crescimento da milícia como um reflexo de uma liderança fraca.
Essa crítica se alinha com a narrativa de Boulos de que a cidade precisa de uma mudança significativa, e não de uma continuação do que já foi estabelecido. Ele ressaltou que “Nunes já teve a chance e não fez”, enfatizando a urgência de um novo projeto para a cidade.
Pablo Marçal, que já foi um concorrente forte na eleição, deixou claro que não apoiaria nenhum dos atuais postulantes. Em sua declaração, ele disse: “Boulos já sabe que meu voto não tem. Ricardo, por não aparecer, também não tem meu voto.” Essa afirmação revela uma frustração crescente entre os eleitores que buscam alternativas verdadeiramente representativas, destacando a necessidade de opções que possam galvanizar o apoio popular.
Em um momento surpreendente, Boulos declarou que, caso o segundo turno fosse entre ele e Marçal ou Nunes, ele optaria por anular seu voto. “Eu apertaria 50 na urna. Não votaria nem em você (Marçal) nem em Ricardo Nunes, eu apertaria 50”, disse Boulos. Essa declaração não apenas demonstra sua insatisfação com as opções disponíveis, mas também destaca um fenômeno crescente entre os eleitores que se sentem desiludidos com o processo político.
Durante a sabatina, Marçal questionou Boulos sobre o Foro de São Paulo, uma entidade frequentemente mencionada por setores da extrema-direita. Boulos explicou que se trata de uma organização composta por partidos e movimentos de esquerda que se reúnem para discutir estratégias de atuação comum. Essa resposta buscou desmistificar as acusações que envolvem o foro, posicionando Boulos como um candidato que está disposto a enfrentar os desafios políticos com clareza e transparência.