As ações da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), negociadas sob o ticker CBAV3, tiveram uma sessão impressionante nesta sexta-feira (4), com um salto de 7,39%, atingindo o valor de R$ 6,10. A movimentação nas bolsas foi impulsionada por recomendações de compra de importantes instituições financeiras, como o Bank of America e a Ágora, que destacam o potencial de crescimento da companhia no cenário atual do mercado de alumínio.

O forte aumento nas ações da CBA (CBAV3) vem em um momento em que a empresa se beneficia de um cenário otimista para o setor de metais. O Bank of America elevou a recomendação da companhia de neutra para compra, citando uma relação atraente de 3,1 vezes o EV/Ebitda para 2025. O preço-alvo foi fixado em R$ 8, indicando um potencial de valorização significativo.

Além disso, a análise do banco enfatiza que o recente pacote de estímulo monetário e fiscal da China está impulsionando os preços dos metais, incluindo o alumínio. A demanda robusta e a oferta apertada de cobre também foram mencionadas como fatores que contribuem para essa perspectiva positiva.

As operações das ações da CBA ocorrem na B3, a bolsa de valores do Brasil, onde as negociações acontecem durante o horário regular de pregão. Na sessão desta sexta-feira, os papéis chegaram a registrar uma alta máxima de 9,51%, atingindo R$ 6,22, o que reflete a reação dos investidores às notícias positivas sobre a companhia e o setor.

As recomendações de compra não são apenas um reflexo do desempenho individual da CBA, mas também indicam uma mudança nas percepções do mercado em relação ao alumínio. O Bank of America observou que a situação do minério de ferro, por outro lado, é considerada desafiadora, com estoques altos e margens pressionadas. Com isso, a companhia de alumínio se destaca como uma opção preferencial para investidores que buscam exposição a metais em um ambiente de incerteza.

A Ágora, outra instituição que oferece recomendações sobre CBAV3, também adota uma visão positiva. A empresa define um preço-alvo de R$ 10,00, ressaltando que a possível desvalorização do real em relação ao dólar poderia beneficiar ainda mais a CBA, uma vez que a cada variação de R$ 0,10 na taxa de câmbio, o Ebitda da companhia pode ser impactado em 7%.

A valorização das ações da CBA é significativa não apenas para os investidores, mas também para o mercado de metais como um todo. O otimismo em relação ao alumínio sugere que a demanda global pode continuar a crescer, especialmente com a implementação de políticas que visam aumentar a produção e o consumo de metais sustentáveis.

A companhia está sendo negociada a um múltiplo EV/Ebitda esperado de 3,3 vezes para 2025, o que demonstra um forte potencial de crescimento à medida que a dinâmica dos resultados começa a acelerar nos próximos trimestres. A expectativa é de que a geração de caixa se intensifique, o que, por sua vez, poderá levar a um processo de desalavancagem, com a Ágora prevendo que a relação Dívida Líquida/Ebitda retorne para 2,0 vezes até o final deste ano.