O cenário econômico global apresentou sinais positivos nesta sexta-feira (13), com os mercados europeus se beneficiando da expectativa de cortes nas taxas de juros por parte do Fed. Esta perspectiva está alinhada com o otimismo das bolsas de Nova York, que também avançaram, refletindo a crença de que o Fed pode iniciar um ciclo de afrouxamento monetário em breve. Os investidores estão atentos às sinalizações do banco central americano, que ainda não definiu a magnitude do primeiro corte na taxa básica de juros, o que mantém uma atmosfera de especulação e expectativa no mercado financeiro.

Paralelamente, as declarações de Christine Lagarde, presidente do BCE, estão moldando o sentimento no mercado europeu. Lagarde sugeriu que o BCE manterá uma abordagem gradual para os cortes de juros no futuro, porém destacou a importância da independência do banco central em meio a pressões políticas. Esse ambiente de expectativas inflacionárias e políticas monetárias divergentes está impulsionando os investidores a reavaliar suas posições e estratégias.

Os principais índices europeus apresentaram desempenho positivo nesta sexta-feira, com destaque para:

  • FTSE 100: O índice londrino subiu 0,39%, encerrando o dia em 8.273,09 pontos.
  • CAC 40: Em Paris, o índice avançou 0,41%, fechando em 7.465,25 pontos.
  • DAX: O principal índice de Frankfurt teve um ganho de 0,98%, alcançando 18.699,40 pontos.

O mercado está atento aos rumores sobre a decisão do Fed quanto ao tamanho do próximo corte na taxa básica de juros. Especulações indicam que o Fed ainda não tomou uma decisão definitiva sobre a amplitude desse corte, o que gera incerteza, mas também alimenta o entusiasmo dos investidores que esperam por uma política monetária mais acomodatícia. Essa expectativa é um dos principais motores dos recentes ganhos nos mercados acionários europeus e norte-americanos.

Christine Lagarde e outros dirigentes do BCE têm feito declarações que moldam as expectativas do mercado. Lagarde reiterou que o BCE seguirá com cortes graduais, porém, sublinhou a independência da instituição frente a pressões externas. Entre outras declarações importantes:

  • Robert Holzmann: Previu que os custos de empréstimos na zona do euro poderiam cair para cerca de 2,5% até meados de 2025.
  • Joachim Nagel: Defendeu o recente corte de juros como uma “decisão certa” e chamou a atenção para a necessidade de uma abordagem unificada para lidar com a fraqueza dos investimentos.
  • Madis Müller: Descreveu a situação econômica atual como “medíocre”.
  • Gaston Reinesch: Projetou que a inflação estará dentro da meta de 2% até o final do próximo ano.
  • Martins Kazaks: Comentou que a possibilidade de um novo corte de juros em outubro “não é grande”.

O otimismo nos mercados europeus também se refletiu nas ações individuais:

  • BASF: Na Alemanha, as ações da BASF subiram 2,11%, impulsionadas por uma análise positiva do Jefferies, que destacou uma leve melhora nos spreads globais de produtos químicos.
  • Commerzbank: O banco avançou 4,17%, em meio a especulações sobre uma possível fusão com o UniCredit.
  • AstraZeneca: No Reino Unido, a alta geral foi limitada pela queda de 1,01% nas ações da AstraZeneca, após o Deutsche Bank rebaixar a recomendação e o preço-alvo para a empresa devido à não aprovação de um medicamento crucial contra o câncer.

Além dos principais índices, outros índices regionais também registraram ganhos:

  • Ibex 35: Em Madri, o índice subiu 1,20%, alcançando 11.540,20 pontos.
  • FTSE MIB: Em Milão, o índice fechou com alta de 0,34%, a 33.568,47 pontos.
  • PSI 20: Em Lisboa, o índice avançou 0,68%, para 6.838,52 pontos.