Na busca por soluções para o desafio do mercado imobiliário, o governo da China convoca uma reunião estratégica para discutir uma proposta inovadora. Agendada para a manhã de sexta-feira (17), esta reunião virtual do Conselho de Estado reunirá altos funcionários do Ministério da Habitação, agências regulatórias, governos locais e bancos estatais. O objetivo? Abordar o excesso de oferta de imóveis não vendidos e suas implicações econômicas.

Detalhes da proposta da medida do mercado imobiliário da China

A proposta em pauta sugere uma abordagem ousada: mobilizar estatais locais para adquirir imóveis não vendidos de incorporadoras enfrentando dificuldades financeiras. Estes imóveis receberiam aquisição com grandes descontos, viabilizados por empréstimos concedidos por bancos estatais. A medida busca não apenas resolver o problema do excesso de oferta, mas também utilizar esses imóveis para criar habitações populares, atendendo às demandas da população.

A notícia dessa proposta ecoa além das paredes da reunião, sinalizando, antes de mais nada, um movimento decisivo por parte das autoridades em Pequim para enfrentar a crise imobiliária. A reação do mercado foi imediata, com um salto nas ações das incorporadoras chinesas. Este otimismo, além disso, reflete a confiança dos investidores de que o governo está ativamente engajado em revitalizar o setor imobiliário.

Planejamento futuro

O Conselho de Estado não pretende apenas discutir a proposta, mas também ouvir as autoridades do setor e bancos até o final do mês. A meta é finalizar um plano de ação abrangente até junho, oferecendo um roteiro claro para resolver os desafios enfrentados pelo mercado imobiliário chinês.

Enquanto algumas grandes cidades já começaram a aliviar restrições à compra de imóveis para estimular a demanda, persistem preocupações entre os potenciais compradores. O preço das propriedades, a estabilidade do emprego e a capacidade das incorporadoras de entregar projetos inacabados são fatores que continuam a influenciar o mercado, mesmo diante das medidas propostas pelo governo.