CEO da B3 projeta retomada gradual dos IPOs em 2024
Após um ano de 2023 marcado pelo jejum de ofertas públicas iniciais (IPOs), a ansiedade no mercado financeiro pela retomada dessas operações está em alta. No entanto, o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, pondera que a esperada onda de novas ofertas não acontecerá tão cedo, contrariando as expectativas para 2024. Apesar do cenário mais estável, […]

Após um ano de 2023 marcado pelo jejum de ofertas públicas iniciais (IPOs), a ansiedade no mercado financeiro pela retomada dessas operações está em alta. No entanto, o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, pondera que a esperada onda de novas ofertas não acontecerá tão cedo, contrariando as expectativas para 2024. Apesar do cenário mais estável, com superação de incertezas políticas e controle da inflação, Finkelsztain destaca que o mercado deve, inicialmente, testemunhar um crescimento no número de follow-ons.
Ao analisar a situação, o presidente da B3 afirma que mais de 100 empresas se prepararam ao longo dos últimos três anos para abrir capital, mas a concretização desse movimento não deve ocorrer no momento. Ele ressalta, contudo, que a medida do desenvolvimento do mercado de capitais não se restringe apenas aos IPOs.
Finkelsztain projeta que a retomada dos IPOs, quando acontecer, será liderada por grandes empresas de setores tradicionais. Destaca ainda que, ao contrário do passado, não se espera ofertas de grandes empresas deficitárias, sendo o setor de tecnologia apontado como um dos destaques.
“A expectativa é de IPOs em volumes e setores tradicionais, com empresas de tecnologia chegando ao mercado após atingirem o break even”, afirma. Desta vez, o presidente acredita que as operações serão realizadas no Brasil, havendo um consenso de que realizar IPOs no país é mais vantajoso do que no exterior.
O fato de terem ocorrido ofertas subsequentes superando R$ 30 bilhões em 2023, mesmo com juros ainda elevados, é considerado um sinal de que o mercado se encontra saudável. Outro indicativo positivo é o desempenho do segmento de crédito privado, que, segundo Finkelsztain, apresenta um cenário significativamente mais robusto do que há uma década, evidenciado por operações expressivas realizadas semanalmente.
Com informações de InfoMoney