O ex-jogador de futebol Magno Alves, que teve passagens por grandes clubes como Fluminense, Ceará e Seleção Brasileira, sofreu um prejuízo de R$ 32 milhões na Braiscompany, empresa de criptomoedas acusada de movimentar ilegalmente R$ 2 bilhões e realizar um golpe financeiro que afetou milhares de pessoas.

A informação, que inicialmente divulgada pelo blog Maurílio Júnior e confirmada pela reportagem do site InfoMoney por meio de um advogado ligado ao caso, está detalhada em uma denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o empreendimento de ativos digitais.

De acordo com uma planilha mencionada no processo da instituição, atualizada até fevereiro de 2023, a Braiscompany contava com 18.570 clientes e uma carteira no valor de R$ 1,15 bilhão.

Fundada em 2018 pelo casal Antonio Inacio da Silva Neto e Fabricia Farias Campos, com sede em Campina Grande (PB), a empresa prometia retornos fixos de até 10% aos investidores por meio de um serviço de aluguel de criptomoedas. Contudo, desde o final de 2022, a empresa deixou de cumprir suas promessas aos clientes, levando o Ministério Público da Paraíba a entrar com uma ação judicial contra o negócio.

Ao longo deste ano, a Polícia Federal (PF) realizou quatro operações em endereços ligados à empresa e seus associados. Na intervenção mais recente, realizada em julho, agentes de segurança conseguiram bloquear R$ 136 milhões em ativos.

Neto e Fabricia, que costumavam ser ativos nas redes sociais, estão atualmente foragidos e mandados de prisão foram emitidos para ambos. No início deste mês, o juiz federal Vinícius Costa Vitor, da 4ª Vara de Justiça Federal, tornou o casal réu em um processo criminal, juntamente com outros 11 membros do esquema.

Além de Magno Alves, esquemas de pirâmide com criptomoedas já envolveu outros atletas

Magno Alves não é o único jogador de futebol que foi vítima de um esquema de pirâmide financeira com moedas digitais. O tipo de golpe, inclusive, já causou um prejuízo de pelo menos R$ 40 bilhões a 4 milhões de brasileiros em apenas cinco anos.

Os jogadores brasileiros Mayke Rocha Oliveira, Gustavo Scarpa e Willian Gomes de Siqueira (conhecido como “Willian Bigode”), todos com passagem pelo Palmeiras, também alegam ter perdido milhões de reais na Xland, uma empresa de cripto suspeita de ser um esquema ponzi, que também oferecia rendimentos mensais fixos.

Scarpa afirma ter investido dinheiro na Xland, empresa que se apresentava como uma pirâmide financeira utilizando criptomoedas como atrativo. Ele teria sido indicado para investir na Xland pela WLJC Consultoria, empresa pertencente a Bigode e suas sócias Loisy Marla Coelho Pires de Siqueira (que também é esposa de William) e Camila Moreira de Biasi Fava.

Com informações de InfoMoney