XP estima temporada de lucros baixos na bolsas americana S&P 500
A próxima semana marca o início da agitada temporada de resultados nos Estados Unidos, após a divulgação dos dados dos principais bancos. O ápice dessa temporada está previsto para os dias 24 a 28 de julho, quando empresas que representam 40% da capitalização de mercado do S&P 500 devem apresentar seus números financeiros. A XP […]
A próxima semana marca o início da agitada temporada de resultados nos Estados Unidos, após a divulgação dos dados dos principais bancos. O ápice dessa temporada está previsto para os dias 24 a 28 de julho, quando empresas que representam 40% da capitalização de mercado do S&P 500 devem apresentar seus números financeiros. A XP Investimentos (XPBR31) está adotando uma postura cautelosa em relação aos resultados do segundo trimestre dos EUA, apesar de esperar algumas surpresas positivas.
Em um relatório divulgado aos clientes e ao mercado, a XP afirma que o consenso estima uma queda agregada de lucros de cerca de 6,4% para as empresas do S&P 500. Se isso realmente acontecer, essa seria a pior temporada de balanços desde o terceiro trimestre de 2020, de acordo com a XP.
As projeções consensuais também indicam que este seria o terceiro e último trimestre de declínio nos lucros neste ciclo de queda que teve início no quarto trimestre de 2022, destaca a XP.
Os analistas Paulo Gitz, Maria Irene Jordao e Jennie Li adotam uma visão cautelosa em relação às ações americanas nos próximos meses, devido à discrepância entre as expectativas de lucro muito baixas para uma economia ainda resiliente.
“É importante lembrar que, na temporada passada, as estimativas eram semelhantes (cerca de -6,6%), mas o resultado foi de apenas -1,3%. Com cerca de 80% das empresas surpreendendo positivamente em relação às estimativas dos analistas, o primeiro trimestre de 2023 foi melhor do que o temido”, ponderam os analistas, que ressaltam que as projeções para o período foram revisadas para baixo ao longo do ano.
De acordo com a XP, com expectativas baixas, há uma possibilidade maior de as empresas surpreenderem positivamente, assim como ocorreu nos primeiros três meses deste ano.
A XP detalha que seis dos onze setores do índice têm projeções de queda nos lucros, incluindo tecnologia e saúde. “Os setores ligados a commodities, energia e materiais básicos devem ser os mais afetados, enquanto os setores de consumo discricionário e comunicação têm expectativa de crescimento”, completam os analistas.
