XP Inc. não será impactada por condições macroeconômicas, afirma CEO
A XP Inc. (XPBR31) está firme em suas metas de crescimento e não se deixará abalar por possíveis intempéries macroeconômicas, afirma Thiago Maffra, CEO da empresa. Em uma coletiva de imprensa durante o evento Expert XP 2024, Maffra revelou que a companhia projeta alcançar uma receita entre R$ 22,8 bilhões e R$ 26,8 bilhões até 2026. Segundo Maffra, a diversificação da XP em três verticais de negócios reduz sua dependência das condições do mercado para atingir essas metas.
A XP Inc., uma das maiores provedoras de produtos e serviços financeiros do Brasil, mantém um otimismo robusto em relação ao seu futuro crescimento. A companhia, liderada por Thiago Maffra, espera gerar uma receita substancial de R$ 22,8 bilhões a R$ 26,8 bilhões até 2026. Maffra destacou que, apesar de desafios macroeconômicos, a empresa está bem posicionada para alcançar esses objetivos devido à sua estratégia de diversificação. A XP tem expandido sua atuação em três verticais de negócios, o que lhe permite ser menos vulnerável a flutuações de mercado.
Um dos pilares do sucesso da XP é sua diversificação estratégica. Maffra ressaltou que a empresa possui um market share de aproximadamente 12% no segmento de investimentos, o que ainda deixa um grande potencial de crescimento, já que 80% dos investimentos permanecem nos grandes bancos tradicionais. A XP está se destacando não apenas em investimentos, mas também em produtos como cartões de crédito, seguros e contas globais. Estes produtos têm se tornado cada vez mais significativos para a receita da empresa e para a criação de oportunidades de cross-sell.
Além disso, a XP está ampliando suas ofertas para incluir serviços adicionais, que fortalecem sua posição competitiva. A empresa vê grandes oportunidades de crescimento nos próximos trimestres, similar ao sucesso alcançado no segundo trimestre deste ano.
Em relação ao cenário macroeconômico, José Berenguer, presidente do Banco XP, ofereceu uma visão crítica sobre as recentes mudanças nas taxas de juros no Brasil. Ele reconheceu que houve uma “mudança radical” nas expectativas de juros, mas acredita que o ajuste projetado na curva de juros pode estar exagerado. Berenguer destacou que a inflação e a política fiscal não são tão adversas quanto algumas análises sugerem, e que o governo tem feito um esforço significativo para manter suas metas fiscais.
Berenguer também comparou o cenário atual com as tendências globais de queda de juros, o que, na sua visão, pode criar condições favoráveis para uma recuperação gradual no mercado de ativos de risco.
De acordo com Berenguer, há uma expectativa de melhora lenta e gradual nos ativos de risco, alinhando-se com as previsões de outros especialistas, como Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil. A visão é que a estabilidade fiscal e a tendência global de redução de juros contribuirão para um ambiente mais favorável para investimentos ao longo do tempo.